Em celebração do Dia Internacional da mulher, a Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo, Eventos e Lazer (Seculte), realizará um evento em homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras da história, Elis Regina. Na terça-feira, 8 de março, haverá um tributo à cantora, às 20h, no Museu de Congonhas, com as intérpretes Carmem Célia, Laylan Mendes, Marianny Queiroz, Francielle Karem e Aline Silva.
A entrada do “Tributo à Elis Regina” é gratuita e os ingressos estão disponíveis na Seculte, na recepção do Museu de Congonhas e na entrada do prédio central da Prefeitura de Congonhas. As entradas são limitadas.
Elis Regina era natural de Porto Alegre e fez história na música brasileira, sendo comparada com cantoras renomadas no cenário internacional, como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Com os sucessos de “Falso Brilhante” (1975-1977) e “Transversal do Tempo” (1978), ela inovou os espetáculos musicais no país, sendo a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960.
Inicialmente, o estilo de Elis Regina era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente por Ângela Maria. Depois de quatro discos gravados, sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963), O Bem do Amor (1963) —, Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou “Arrastão”, de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe garantiu um convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira, quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, O Fino da Bossa.
Elis Regina cantou muitos gêneros musicais ao longo de sua carreira, da MPB passou pela bossa nova, samba, rock e jazz. Interpretando canções como “Madalena”, “Águas de Março”, “Atrás da Porta”, “Como Nossos Pais”, “O Bêbado e a Equilibrista” e “Querellas do Brasil”, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza e patriotismo. Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, que na época ainda eram pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras.
Entre outras parcerias, são marcantes os duetos que Elis teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim e Rita Lee. A cantora foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone. Elis também foi citada na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada.
Elis Regina morreu precocemente aos 36 anos, no auge da carreira, causando forte comoção no país. Exames mostraram que a causa de sua morte foi o consumo de cocaína junto de bebida alcoólica, que provocou uma parada cardíaca. A história da cantora foi representada em um filme chamado “Elis”, de 2016, que está disponível no Globoplay.