Na tarde desta terça-feira (18), a assessoria do Hospital Risoleta Tolentino, em Belo Horizonte, publicou uma nota em que a unidade hospitalar descarta a possibilidade de que Edi Alves Guimarães, de 53 anos, teria morrido por intoxicação devido à inalação de fumaças provenientes da queima de pneus, ocorrida na Avenida Antonio Carlos, e promovida por manifestantes no último dia 15, quando ocorria a “Greve Geral”, que reuniu na capital mineira milhares de pessoas que protestaram contra a reforma da Previdência e os cortes na educação.
Segundo a nota do Hospital, encaminhada à imprensa, o óbito de Edi foi causado por doença cardíaca e neurológica, e que os exames realizados não evidenciam que a mulher teria sofrido intoxicação por monóxido de carbono. Após a constatação do óbito, o corpo de Edi foi levado ao Instituto Médico Legal, onde a causa da sua morte será investigada.
Confira a íntegra da nota do hospital
O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) informa e lamenta o falecimento da senhora Edi Alves Guimarães, esclarecendo que a paciente foi atendida no dia 14/06/2019 ao dia 17/06/2019, quando evoluiu para óbito.
Durante a internação, o Hospital realizou todos os procedimentos necessários visando à sua recuperação. O HRTN ressalta que os exames realizados não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.
Entenda o caso
Edi foi internada, já inconsciente, no Hospital Risoleta Neves no último dia 14, com um quadro de parada cardiorrespiratória. Após ser reanimada, Edi foi internada no CTI do hospital. Ontem à tarde, a mulher não resistiu e teve morte encefálica.
A mulher estava indo para o trabalho de ônibus, quando o veículo se deparou com a queima de uma barrica de pneus promovida por manifestantes na avenida Antonio Carlos, próximo à UFMG. O ônibus que a vítima Edi Alves Guimarães estava havia saído da cidade de Santa Luzia. No momento do encontro do ônibus com a barricada, a mulher ficou inconsciente e foi levada ao Hospital.
Em nota anterior, o Hospital informou à imprensa que a família de Edi havia relatado que ela não tinha histórico de nenhum problema de saúde diagnosticado que poderia ter intensificado o seu quadro, como problemas respiratórios crônicos.
Polícia abre inquérito para apurar queima de pneus em BH após morte de mulher
De acordo com apuração do Estado de Minas, a Polícia Civil confirmou que há um inquérito de investigação aberto, mas não deu detalhes. As apurações estão sendo conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto.
A mulher de 53 anos era mãe de oito filhos e moradora de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte.