Estatal chinesa compra mineradora brasileira em transação bilionária

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A estatal chinesa China Nonferrous Metal Mining (CNMC) adquiriu a Mineração Taboca, operadora da mina de Pitinga, no Amazonas, por US$ 340 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão). A transação reforça a estratégia da China de assegurar o fornecimento de minerais essenciais para tecnologias verdes e eletrônicas, em um cenário de crescente demanda global e incertezas geopolíticas.

Fundada em 1969, a Mineração Taboca é a maior produtora de estanho refinado do Brasil, suprindo demandas internas e exportando a maior parte de sua produção. A empresa opera a mina de Pitinga, uma das mais ricas do mundo, com reservas estimadas para durar 100 anos. Além do estanho, a mina também produz nióbio, tântalo e elementos de terras raras, essenciais para a fabricação de produtos eletrônicos e tecnologias avançadas.

A mina, localizada na Amazônia, conta com uma usina hidrelétrica própria para atender suas demandas energéticas, e a planta de metalurgia em São Paulo refina o concentrado de cassiterita em estanho de alta pureza, registrado na Bolsa de Metais de Londres sob a marca Mamoré.

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Para a CNMC, que já é a maior produtora mundial de cobre com operações na Zâmbia, a aquisição da Taboca representa uma diversificação estratégica, integrando novos recursos à sua cadeia produtiva. Essa operação também marca a entrada da estatal chinesa em um mercado altamente relevante para o setor de tecnologias limpas e eletrônicas.

A Mineração Taboca se destaca pela certificação ISO 9001 e pela produção de estanho refinado com 99,9% de pureza, reconhecida internacionalmente. A empresa também atua nos mercados de nióbio e tântalo, com sua liga metálica FeNbTa, obtida da columbita extraída da mina de Pitinga. A planta hidrelétrica que sustenta a operação industrial é um diferencial competitivo, permitindo uma produção sustentável na Amazônia.

Com uma capacidade de produção de 17,9 milhões de toneladas anuais de minério, a mina de Pitinga é estratégica para a CNMC, que busca consolidar sua competitividade global ao integrar recursos brasileiros à sua infraestrutura verticalmente integrada.

Sob o controle da CNMC, espera-se que a mina de Pitinga receba investimentos em tecnologias para melhorar a produtividade e aumentar a eficiência operacional. A estatal chinesa também pode introduzir sistemas inovadores para recuperação de resíduos, fortalecendo práticas sustentáveis e otimizando o uso de recursos minerais.

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