Galo toma susto, mas vence a primeira na Libertadores

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Costumam falar que se não é sofrido, não é Galo. Mas parece que estão levando essa história longe demais. O Atlético venceu, com uma virada épica, sua primeira partida na fase de grupos da Copa Libertadores. Após ir para o intervalo perdendo de 2 a 0 para o modesto Zamora, da Venezuela, em pleno Mineirão, o time conseguiu fazer valer sua superioridade técnica no segundo tempo e virar a partida, terminando com um placar de 3 a 2.
Com a vitória, o time mineiro ganhou uma posição na tabela, passando para o terceiro lugar no grupo, com três pontos. A chave é liderada pelo Cerro Porteño, do Paraguai, com nove pontos, seguido pelo Nacional, do Uruguai, com seis. O Zamora segura a lanterna do grupo, sem nenhum ponto conquistado em três jogos.

Situação difícil

Apesar da vitória, que alivia um pouco a pressão do Atlético na Libertadores, a situação do time ainda é muito complicada. Se perder o próximo jogo, contra o Cerro Porteño, que até então tem 100% de aproveitamento, fora de casa e o Nacional vencer a partida contra o até então lanterna, Zamora, dentro de casa, o Galo estará praticamente eliminado do torneio.
A partir de agora, o alvinegro terá de fazer jus ao seu hino e vencer, vencer, vencer, para continuar a sonhar com o tão desejado bi da competição mais importantes da América.

O jogo

O Galo foi a campo em situação difícil no torneio, tendo perdido os dois jogos disputados na fase de grupos e amargando a lanterna de sua chave. Por isso o time partiu desesperadamente para o ataque nos primeiros minutos e mesmo chegando a acertar a trave, passou a conceder muito espaço para os venezuelanos, no contra-ataque.
E a situação se tornou ainda mais grave quando, após boa jogada e cruzamento, pela esquerda, Jáder Maza cruzou para o pequeno Erickson Gallardo, de 1,67m, que, pasmem, ganhou de Igor Rabello, de 1,91m, pelo alto e abriu o placar para os venezuelanos.
Atrás no placar, o Atlético se desesperou e passou a errar lances bobos, além de der ainda mais espaço para os rivais. E num contra-ataque Oscar Hernández foi lançado, avançou livre e, na saída de Victor, rolou para Paiva, em posição legal, apenas empurrar para as redes e fazer 2 a 0.
Na volta para o segundo tempo, outro susto. Paiva recebeu lançamento nas costas da defesa atleticana, driblou Victor, mas na hora de finalizar, chutou nas redes pelo lado de fora. A torcida, que já vaiava o time e pedia raça, além de xingar o técnico Levir Culpi, ficava ainda mais apreensiva.
Mas logo depois saiu o gol que o Galo precisava para entrar no jogo. Aos cinco minutos, o ponta Luan cruzou da direita na cabeça do atacante Maicon Bolt, que colocou no cantinho, sem chances de defesa para o goleiro do Zamora. 2 a 1 e a torcida voltando a se inflamar.
A partir daí foi só pressão atleticana. Levir Culpi tirou os volantes Zé Welison, que antes havia acertado o travessão, e Elias e mandou a campo os meias Nathan e Vinícius e foi com tudo para cima. As mudanças surtiram efeito e, num lance em que não se pode reclamar da sorte, o veterano Ricardo Oliveira chutou e a bola acertou Vinícius e foi morrer no fundo do gol. 2 a 2 e a virada só parecia questão de tempo.
As coisas ficaram ainda mais difíceis para o time venezuelano quando Hernández recebeu o segundo amarelo e foi expulso. E o Zamora não conseguiu segurar a pressão. Ricardo Oliveira tentou fazer um passe para dentro da área e De La Hoz cortou com a mão. Pênalti que Fábio Santos bateu, para sacramentar a virada épica e dar a primeira vitória ao Galo na fase de grupos da Copa Libertadores.
Apesar do placar final, a atuação do Atlético foi muito abaixo do esperado e passar esse sufoco para ganhar do modesto Zamora, em casa, é inadmissível. Fábio Santos, Guga e Igor Rabello também tem muito a explicar após uma partida pífia. E Levir Culpi tem que abrir o olho, pois daqui pra frente é só pedreira.

Próximo jogo

O Atlético-MG volta a campo no domingo (07), às 16h, contra o Boa Esporte, no Mineirão. O jogo é válido pela partida de volta da semifinal do Campeonato Mineiro. O Galo joga com a vantagem do empate por ter feito melhor campanha que o adversário.

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