Governo Bolsonaro enfrenta primeira greve nesta quarta-feira (15)

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Nesta quarta-feira (15), estudantes de diferentes cidades do Brasil organizaram uma mobilização nacional que tem se tornado a primeira grande greve enfrentada pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A paralisação geral foi planejada por alunos e profissionais contra algumas medidas adotadas pelo Ministério da Educação (MEC), sobretudo contra o contingenciamento de gastos em universidades e institutos federais anunciados pelo ministério.

O aborrecimento de grande parte dos estudantes com as medidas adotadas pelo MEC teve início em abril, quando o atual ministro da Educação, Abraham Weitraub, participou de uma transmissão ao vivo ao lado de Jair Bolsonaro e defendeu a redução de investimentos nos cursos universitários da área de humanas. Pouco tempo depois, Weitraub afirmou, em uma entrevista, que pretendia cortar recursos de universidades que não apresentaram um bom desempenho de ensino nos últimos ano e promoveram o que considera “balbúrdia”, fazendo referência a manifestações políticas nas dependências dessas universidades.

Tais declarações promoveram discórdia e debates que atingiram seu ápice quando o ministro expandiu o contingenciamento dos repasse para a maior parte das universidades públicas. A decisão do MEC fez com que Abraham fosse convocado, por 307 votos a 82, para uma sabatina, que acontecerá nesta quinta-feira (15), na Câmara dos Deputados para fornecer maiores explicações sobre os cortes no orçamento das instituições públicas de ensino. Abraham Weitraub será ouvido no Plenário da Câmara em uma comissão geral.

 

Manifestações

Diversas cidades brasileiras começaram a manhã desta quarta-feira (15) com protestos contra o contingenciamento de recursos para a educação anunciado pelo MEC.

Em Belo Horizonte, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) começaram a se concentrar por volta das 7h para uma manifestação na Avenida Amazonas, na altura do bairro Suíça.  Eles carregavam faixas com os dizeres “Luto pela educação” e “A aula hoje é na rua”.

Até às 9h30 desta manhã,  ao menos 13 estados e o DF registraram protestos.

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