Segundo reportagem publicada pelo jornal Estadão, os gastos com cartões corporativos da Presidência da República nos dois primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro aumentaram cerca de 16% em relação à média dos últimos quatro anos. A nova gestão, apesar de já ter defendido o fim dos cartões durante a transição, não só manteve o uso como foi responsável por uma fatura com total de R$ 1,1 milhão.
Os valores foram divulgados na semana passada, após o jornal O Estado de S. Paulo questionar a Controladoria-Geral da União (CGU). A descrição da maioria dos pagamentos é sigilosa, uma vez que os gastos do presidente podem colocar em risco a sua segurança.
Os gastos são administrados pela Secretaria de Administração, que além de cuidar das eventuais despesas de Bolsonaro, também é responsável pelos gastos de familiares do presidente e das residências oficiais.
Ao todo, além do presidente, cerca de 1.846 servidores estão registrados para usar os cartões corporativos. Apenas nos dois primeiros meses de 2019, os servidores que desfrutam do benefício foram responsáveis por um gasto total de R$ 5,3 milhões.
O Cartão Corporativo
Segundo informações disponibilizadas pelo Ministério da Economia, especificamente no site do Tesouro Nacional, Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), também chamado de Cartão Corporativo, é um meio de pagamento que proporciona à administração pública mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos.
O cartão corporativo é emitido pela Unidade Gestora e destinado a representantes do Governo Federal, além de outros servidores. O dispositivo pode ser utilizado para pagamento de bens, serviços e despesas de servidores, mediante autorização.
Segundo as informações contidas no Manual Cartão de Pagamento do Governo Federal, o uso do cartão facilita a prestação de contas e confere maior segurança às operações.