O Ministério da Saúde lançou, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a campanha de incentivo ao aleitamento materno, que estimula a amamentação até os 2 anos de idade da criança, além de uma série de outras ações relacionadas ao tema.
Como garotos propaganda da campanha, a parecem o goleiro da seleção brasileira, Alison Becker e sua esposa, Natália Loewe. A peça publicitária será veiculada a partir desta quinta-feira (1) e irá até o dia 15 de agosto.
Durante o evento de lançamento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, resumiu todas as ações do programa em incentivar o aleitamento materno. De acordo com Mandetta, a amamentação, junto com a vacinação, são alguns dos principais pilares da saúde básica.
“Estamos investindo quase R$ 3,5 milhões nessa campanha nos diferentes meios de comunicação. Estamos aumentando o número de hospitais amigos da criança, estamos abrindo parceria com rede privada, para que eles façam salas de amamentação”, explicou o ministro.
Ainda, segundo o ministro, as taxas de amamentação nos municípios serão levadas em conta para o pagamento dos profissionais do programa Médicos pelo Brasil, lançado nesta quinta-feira (1), em Brasília. “Quando tivermos a discussão sobre pagamento da saúde básica, a amamentação será um dos pilares”, destacou.
O Ministério da Saúde também anunciou que irá habilitar 39 unidades de saúde como hospitais Amigo da Criança. Dessa forma, a pasta pretende repassar a esses locais um total de R$ 11 milhões por ano para ajudá-los nas práticas que já adotam de incentivo à amamentação dentro e fora das unidades de saúde.
Grupo de mães participa da cerimônia de lançamento do programa
Um grupo de mães que amamentam participou da cerimônia de lançamento da campanha. Entre elas estava a jornalista Nayane Taniguchi, mãe de Lucas, de 11 meses. A jornalista afirmou que pretende amamentar o bebê até os 2 anos, por considerar que é uma experiência única entre mãe e filho.
“Eu pretendo amamentá-lo até o dia que ele quiser, na verdade. A gente segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Eu pretendo seguir a indicação e até 2 anos. E se, até os 2 anos, ele tiver vontade de mamar, ele vai mamar”, disse.
Outra mãe que também participou do encontro foi a juíza Caroline Lima. Incentivadora da prática, Caroline credenciou quatro salas de apoio à amamentação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. A magistrada, que amamentou as duas filhas por mais de dois anos, destacou vários ganhos que teve no ato de amamentar as filhas.
“A gente nunca comprou um antibiótico, nunca precisou apresentar um atestado, desmarcar uma audiência para cuidar de filho doente. Elas têm saúde excelente, não têm alergia. E o vínculo estabelecido com a mãe isso não existe dinheiro no mundo que pague”, explicou.
*Com informações da Agência Brasil.
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