Após a tragédia ocorrida em Brumadinho, muito se especulou sobre a troca de comando da empresa. Interlocutores do governo garantiam que a intenção no governo era essa.
Porém, bastou que a conversa chegasse ao superministério da Economia para que o governo reavaliasse a afirmação e voltasse atrás.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (29), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo não tem intenção de pressionar o conselho da empresa para a troca no comando da empresa.
“Temos que aguardar o andamento das investigações. Não cabe ao governo federal apoiar nenhuma empresa ou diretoria de qualquer empresa que não seja de sua absoluta responsabilidade”, afirmou Onyx.
Sabe-se que a interferência direta do governo numa empresa com participação estatal, desagradaria o mercado financeiro, além de ir de encontro com a posição liberal do governo.
Vale lembrar que no governo Dilma, Roger Agnelli, então diretor da companhia, foi demitido por influência do governo.
Segundo a imprensa, à época, o executivo teria desagradado Lula, no final de seu último mandato, ao iniciar à demissão de funcionários da empresa como forma de contenção de gastos. O desemprego traria resultados negativos ao governo, que queria emplacar uma sucessora.
Dilma então, ao assumir, teria pressionado investidores privados integrantes do conselho para trocar a direção da empresa, o que soou muito mal ao mundo financeiro.
O novo governo não pretende repetir o erro.