Tendo como certa uma vaga no segundo turno, a equipe de campanha de Fernando Haddad (PT) vive agora um dilema: alinhar ou não o discurso “mais ao centro”.
Parte de seu Staff, considera que o ideal seria esperar o segundo turno, focando agora nos eleitores de Lula, até que a ’transferência’ desses votos para Haddad seja completa.
Já uma outra ala acredita que a demora possa ser prejudicial, e que conquistar estes votos centristas já na primeira fase da disputa, faria com que o petista largasse com vantagem no segundo turno.
Ponto curioso é que Geraldo Alckmin(PSDB), mesmo com o apoio do centro, não conseguiu deslanchar, nem mesmo conquistar essa parcela do eleitorado. O tucano é visto como um candidato mais alinhado à direita, e com isso acaba perdendo votos, inclusive para Jair Bolsonaro(PSL).
Para analistas políticos chama atenção para o fato de que o candidato do PT, talvez seja o que tenha mais perfil de centro do que os demais presidenciáveis.
Prova disso, é que até mesmo o ex-presidente do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, já declarou voto em Haddad –algo jamais imaginado, caso dispute o segundo turno com o candidato do PSL.
Mais hora, menos hora a campanha petista deverá sim focar no centro em busca de apoio. Além disso, conquistar a confiança do mercado e reduzir a rejeição entre o eleitorado – Haddad é o segundo mais rejeitado nas pesquisas, será fundamental para garantir sucesso no segundo turno.