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CAPA Notícias de Minas Gerais

O Halloween e a ideologia brasileira

Rodolpho Bohrer Por Rodolpho Bohrer
23 de outubro de 2018
em Notícias de Minas Gerais
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Lá vão eles!

Um tanto de povo partiu vestir uma camisa de uma cor, enquanto outro tanto se enroupa do seu oposto.

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Essa dança infrene, esse remoinhar sem fim que faz toda gente se concentrar em polos opostos.

Divergências de atitude entre extremos ideológicos não é nem nunca foi novidade alguma para o brasileiro.

Não se trata de modismo.

A tendência de muros ideológicos é permanente porque para nós, os isolados, a parede que nos divide tem fundações sólidas e indestrutíveis.

Poucos são aqueles que espiam acima do muro, senão com o intuito de criticar o que sucede do outro lado.

Assim, apartados de posições antagônicas às nossas, alimentados por conteúdos que reforçam nossas crenças, somos instigados à contenda.

Logo, em um cenário que estimula o sectarismo, partimos para caça às bruxas.

Mas querem saber?

No final, toda cor de camisa abriga um peito nu.

Intolerância é lenha para qualquer clima e arde bem em todas as fogueiras.

A propósito, nesse mês de outubro, enquanto parte da população brasileira está se preparando para vestir roupas horripilantes, dentaduras de vampiro e chapéus de bruxa, a outra parte se declara contrária a isso, pois se ressente da ausência de nossas tradições do povo e do folclore brasileiro.

Não falo de política.

E não é que a danada da polarização alcançou o território selvagem da festividade?

No Brasil, o Halloween ou Dia das Bruxas nunca teve um significado muito expressivo, tampouco circula na lista de feriados tradicionais como acontece nos Estados Unidos, onde a data é a segunda mais celebrada, ficando atrás apenas do Natal.

A festividade celebrada nos Estados Unidos e em diversos países do mundo tem sua origem creditada a um antigo festival pagão, o festival celta de Samhain, termo que designava o fim do verão na Europa Ocidental.

Sua celebração durava três dias e começava no dia 31 de outubro, sendo uma homenagem ao “Rei dos Mortos”.

O Halloween, assim, não nasceu nos Estados Unidos, mas foi introduzido na cultura norte-americana a partir de 1845, quando mais de um milhão de pessoas que fugiam da Grande Fome foram forçadas a imigrar para o continente, levando consigo suas histórias e tradições.

Mas a propósito do Halloween do Tio Sam há, entre seus detratores brasileiros, quem entenda que a tradição foi trazida pelo Imperialismo Americano como desculpa para vender suas tralhas.

Coisa de gringo para fomentar o comércio.

Tal é a resistência que muitos municípios brasileiros decretaram a data de 31 de outubro como “Dia do Saci Pererê”, de maneira a coibir a celebração do Halloween no âmbito regional.

Essa não foi a primeira vez que uma autoridade tentou desinstitucionalizar o Halloween através de normatização.

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Em meados do século VIII, o Papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio para 1º de novembro, tornando obrigatório a celebração da data católica, numa obvia tentativa de cristanizar o Samhain.

Mudou foi o nome.

O nome da atual, Halloween, nasceu no Reino Unido e derivou de “All Hallows’ Eve”, onde “hallow” é um termo antigo para designar santo e “eve” é o mesmo que véspera.

Certo é que, o Dia das Bruxas, como tantas outras celebrações da cultura norte-americana, possuí forte apelo comercial e tem de fato atraído maior número de jovens, crianças e adultos a cada ano que passa.

Estabelecer o Dia do Saci é, portanto, uma forma de se oferecer ao povo a alternativa de festejar manifestações de sua própria cultura.

Não obstante, em meio ao discurso da alternativa, logo se nota o broto da intolerância espalhando rama pelo muro.

Não contentes em simplesmente não participar, algumas pessoas sentem a necessidade de atacar aquilo que se encontra fora do âmbito de suas crenças.

No Rio de Janeiro, nos anos anteriores, foram espalhadas faixas em oposição a celebração do Halloween, pedindo a retomada das tradições brasileiras.

Como sói acontecer, a prática enveredou para o fanatismo e rapidamente tomou forma a intolerância religiosa quando algumas faixas traziam os dizeres: “Halloween é satanismo.

Brasil, país cristão. ” Há ainda aqueles que apoiam e incentivam a festividade do Dia das Bruxas, mas opinam por fantasias que caracterizam os seres sobrenaturais do folclore brasileiro, como o próprio Saci, o Caipora, o Curupira, entre outras criaturas míticas que aprontavam travessuras para as pessoas que cruzassem seu caminho e não lhes ofertassem bebida ou fumo.

Trick ou treat!

Toda cor de camisa abriga um peito nu.

Sim.

Divergência de atitudes entre extremos ideológicos não é novidade para o brasileiro, tem quem goste e quem despreze, inclusive, o Carnaval.

Não é a primeira, nem será a última vez, portanto, que o brasileiro polarizado perde uma boa oportunidade de festejar, de rir e se descontrair com os amigos, para discutir o seis por meia dúzia com direito à réplica e tréplica.

Sobre o autor: M.

R.

Terci é escritor, roteirista e poeta.  Antes de se dedicar exclusivamente a escrita, foi advogado com especialização em Direito Militar e mestrado em Direito Internacional, Ciência Política, Economia e Relações Internacionais.

É o criador da série O Bairro da Cripta, lançada anteriormente pela LP-Books e que reforçou seu nome como um dos principais autores brasileiros de horror da atualidade.

Com base em fatos históricos, Terci substitui os castelos medievais pelos casarões coloniais, as aldeias de camponeses pelas cidadezinhas do interior, os condes pelos coronéis e as superstições por elementos de nosso folclore e crendices populares, numa verdadeira transposição do gótico para a realidade brasileira.

Seus livros não são apenas para os fãs do gênero horror.

Seu penejar é para quem aprecia uma narrativa envolvente, centrada na experiência subjetiva dos personagens mediante as possibilidades que o contexto sobrenatural de suas estórias permite.

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Rodolpho Bohrer

Rodolpho Bohrer

Sócio-proprietário e fundador do Mais Minas e jornalista em formação pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Redator de cidades, tecnologia e política, além de link builder na Agência MaisPost e assistente de edição de texto da Agência de Notícias do Sul da Bahia (Ansuba).

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