Em meio às transformações do mercado automobilístico, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua opinião sobre a projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que o programa de incentivo do governo à compra de carros novos possa ter vida curta.
O presidente comentou: “Fizemos um ajuste no preço dos automóveis. Segundo uma notícia que vi hoje, parece que o programa só vai durar um mês”. As palavras foram proferidas durante a “Conversa com o Presidente”, uma transmissão ao vivo pelas redes sociais da presidência.
O programa governamental em questão, lançado na semana anterior, oferece descontos que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil em veículos de até R$ 120 mil. Contudo, algumas montadoras já ampliaram os descontos para até R$ 10 mil.
Para equilibrar a balança, o governo fornecerá compensações às empresas em forma de créditos fiscais, permitindo que os descontos concedidos sejam deduzidos de futuros impostos a pagar.
Com um total de R$ 1,5 bilhão disponibilizados em créditos fiscais, cerca de R$ 500 milhões foram destinados a veículos populares. Assim que esses recursos forem esgotados, os descontos não poderão mais ser aplicados pelas montadoras.
Na última semana, a Anfavea fez uma projeção de que entre 100 mil e 110 mil automóveis e veículos comerciais leves poderão aproveitar esses descontos antes que os créditos fiscais se esgotem, algo que, segundo a associação, deverá ocorrer pouco mais de um mês após o início do programa.
As vendas de carros com desconto serão restritas a compradores individuais nos primeiros 15 dias, período que poderá ser estendido por até 60 dias, dependendo da resposta do mercado. Posteriormente, empresas também poderão usufruir do programa.