Dados divulgados pela Fundação João Pinheiro na última quarta-feira (29) revelam que a cidade de Mariana perdeu um total de 576 empregos formais nos últimos três meses, com 322 perdas em abril, 106 em maio e 148 em junho. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e os números referem-se à perda de postos de trabalho regidos pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Apesar de Mariana apresentar saldo negativo de emprego nos últimos três meses, justificado pelo impacto econômico das restrições do convívio social causado pela pandemia do novo coronavírus, o saldo no ano de 2020, referente a janeiro a junho, ainda é positivo. Ao todo, a cidade criou, no primeiro semestre, 805 postos de trabalho. Esse superávit é mantido muito por causa do primeiro trimestre do ano, quando o período pandêmico no Brasil ainda era ausente ou estava em seu estado inicial, com Mariana apresentando altos índices de empregabilidade.
Em Minas Gerais, o maior destaque negativo está na capital, pois Belo Horizonte tem um déficit de 39.398 vagas no acumulado do ano de 2020, seguido por Juiz de Fora, com déficit de 6.369.
+ Procurando emprego? Vale Manganês tem oportunidade em Ouro Preto
Um município vizinho de Mariana é líder no estado no saldo acumulado de geração de emprego. Itabirito, com 1.229 postos de trabalho criados em 2020, surpreende por manter um bom número mesmo em meio à pandemia.
Ainda segundo dados do Caged, em Minas, os setores menos afetados pelo encolhimento do mercado de trabalho ao longo desse primeiro semestre foram a agricultura, pecuária, produção, pesca e aquicultura. A construção civil é outro setor que está com um saldo positivo mesmo na pandemia, atualmente com 3.375 novos postos de trabalho em todo o estado somente no mês de junho.
Em relação aos trabalhadores formais, as mulheres e os trabalhadores mais velhos e aqueles menos escolarizados foram os que apresentaram os piores resultados no mês de junho. Enquanto para os homens o saldo de emprego formal foi positivo (4.218), para as mulheres foi negativo (-2.423). Por faixa etária, houve criação líquida de 8.231 vagas de emprego formal para os trabalhadores com até 29 anos de idade, e saldo negativo a partir de 30 anos de idade, da ordem de 6.436 vagas perdidas.
A faixa etária mais atingida pelo desemprego em Minas, no ano de 2020, é de pessoas entre 30 e 39 anos, com 36.536 perda líquida em todo o estado.