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O Governo de Minas Gerais está utilizando drones para mapear e tratar áreas com acúmulo de água parada, combatendo o Aedes aegypti e reduzindo os casos de dengue, zika e chikungunya. A iniciativa faz parte da política Vigidrones, implementada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que integra tecnologia e saúde pública em uma ação pioneira no Brasil.
A estratégia envolve o uso de drones para acessar locais de difícil alcance, como caixas d’água destampadas e piscinas descobertas, aplicando larvicidas de forma precisa. Segundo Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde, os resultados iniciais são animadores. “Observamos uma significativa eliminação de focos de água parada e do vetor nos municípios que iniciaram o mapeamento”, afirmou.
Com um investimento de R$ 30 milhões, o programa já mapeou 45 mil hectares em 394 municípios, identificando mais de 100 mil potenciais criadouros. Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, os recursos foram geridos por consórcios intermunicipais de saúde, ampliando a capacidade de monitoramento em áreas remotas.
Resultados expressivos em Igarapé
Um exemplo notável do impacto da iniciativa foi registrado em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com o apoio do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (Icismep), a cidade inspecionou 206 hectares, identificando 562 criadouros, incluindo 40 caixas d’água abertas.
Giovanni Barbosa, diretor do Departamento de Zoonoses do município, destacou a eficiência da abordagem: “Com o mapeamento, nossa ação com os ACE foi mais direcionada e eficaz. No período de um ano, registramos uma redução de 96% dos casos nas áreas mapeadas.”
O prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves, também celebrou os resultados, afirmando que a tecnologia trouxe benefícios duradouros no combate ao mosquito transmissor.
Capacitação e monitoramento contínuo
A SES-MG tem investido na capacitação de agentes comunitários e profissionais de saúde para o uso dos drones e análise dos dados coletados. Informações georreferenciadas são utilizadas para criar mapas de calor, identificando áreas críticas com maior potencial de proliferação do mosquito.
De acordo com Eduarda Portela, coordenadora do Departamento Saúde Única do Icismep, o processo é acompanhado de perto para garantir a eficiência. “Entre julho e dezembro, acompanhamos o mapeamento de 69 municípios, auxiliando na elaboração dos planos de trabalho e capacitando as equipes para garantir que os resultados sejam avaliados em conjunto”, detalhou.
Em breve, será lançado um painel de monitoramento para fornecer um balanço detalhado dos impactos da iniciativa, reforçando a transparência e a gestão integrada do programa.
Compromisso com a saúde dos mineiros
A política Vigidrones demonstra o compromisso de Minas Gerais em implementar soluções modernas para proteger a saúde da população. Para o vice-governador Professor Mateus, o estado está assumindo uma posição de liderança nacional no uso de tecnologia no combate a arboviroses.
“Com a Vigidrones, estamos avançando de forma inédita no enfrentamento ao Aedes aegypti. Minas Gerais, mais uma vez, inova no uso da tecnologia para cuidar da saúde dos mineiros. Esse é o compromisso do nosso governo: cuidar das pessoas com soluções modernas e eficientes”, declarou.
Enfrentando desafios com inovação
Estima-se que entre 20% e 25% dos criadouros não sejam detectados por métodos tradicionais, reforçando a relevância da tecnologia no combate ao Aedes aegypti. Minas Gerais, com sua extensão territorial e diversidade geográfica, enfrenta desafios adicionais, mas a integração de tecnologia e capacitação das equipes de saúde tem sido um diferencial.
O uso dos drones não apenas identifica focos de água parada, mas também permite um planejamento mais eficaz, otimizando recursos e ampliando a cobertura das ações preventivas.