Um relatório realizado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou indícios de que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente de Jair Bolsonaro, comprou e vendeu imóveis com a finalidade de lavar dinheiro.
De acordo com o documento, que foi obtido pela revista “Veja” e que teve suas informações confirmadas pela TV Globo, também existem elementos que indicam a prática de organização criminosa no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando o parlamentar era deputado estadual.
O relatório foi utilizado pelo Ministério Público para justificar à Justiça o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas ligadas a Flávio Bolsonaro. Nas negociações imobiliárias, o senador chegou a lucrar mais de R$ 3 milhões a compra e venda de 19 imóveis, o que levantou suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas.
Após a divulgação das informações contidas no documento, o senador publicou uma nota em seu perfil oficial no Twitter para se defender das acusações. “Não são verdadeiras as informações vazadas na revista Veja acerca de meu patrimônio. Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça”, escreveu.
Confira:
NOTA:
1/4 – Não são verdadeiras as informações vazadas na revista Veja acerca de meu patrimônio. Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça.
[Continua*]— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) May 16, 2019
Flávio ainda destacou que os valores informados no relatório são falsos e que não correspondem aos valores reais. O senador firmou que sempre declarou todo seu patrimônio à Receita Federal e que todos os valores declarados são compatíveis com sua renda.
O parlamentar também destacou que tem um passado limpo e que jamais cometeu qualquer irregularidade em sua vida como parlamentar e que tudo será provado em momento oportuno dentro do processo legal.
Por fim, o senador afirmou que as autoridades do Rio de Janeiro vazaram informações sigilosas com a finalidade de conduzir o tema publicamente pelos meios de comunicação e não dentro dos autos do processo.