Motoboys de Ouro Preto organizam paralisação para o dia 7 de setembro

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Na busca por melhores condições de trabalho, os motoboys de Ouro Preto vão realizar uma paralisação do serviço na próxima terça-feira, 7 de setembro, de 9h às 00, na data do feriado da Independência do Brasil. Cerca de 170 trabalhadores da classe já aderiram o movimento com o objetivo de reivindicar mais respeito dos consumidores e contratantes, além de estabelecer uma taxa de entrega fixa de R$ 2 para todos os estabelecimentos do município.

A taxa de entrega varia de acordo com o estabelecimento em Ouro Preto, tendo lugares que cobram somente R$ 1 por serviço. A ideia é que o novo preço padronizado comece a ser cobrado a partir do dia 1° de outubro, mas caso tais demandas não sejam atendidas, os motoboys não descartam uma nova paralisação por tempo indeterminado.

Motoboys de Ouro Preto organizam paralisação no dia 7 de setembro
Foto: Reprodução/WhatsApp

De acordo com Junior Alberto, uma das lideranças do movimento, haverá alguns pontos em que os motoboys irão se concentrar para entregar panfletos de conscientização sobre a causa, porém não haverá fechamentos de ruas, o trânsito fluirá normalmente. O motoboy também conta que não há nenhum sindicato ou associação para auxiliar ou amparar os motoboys da cidade.

Além de tudo isso, os motoboys estão insatisfeitos com o preço da gasolina, que chegou a R$ 7 e também vão reivindicar o preço durante o movimento, alertando a dificuldade de conseguir exercer a função de maneira rentável. “A nossa reinvindicação é sobre isso também, porque quando a gasolina estava R$ 3,50, até R$ 4, ainda dava para tirar uma renda melhor, mas depois que deu essa disparada, apertou as contas de todo mundo”, disse Junior Alberto.

Quanto ao tratamento dos empregadores e clientes, Junior disse que há de todos os tipos, porém não existe nada que ampare os motoboys atualmente, portanto a integridade física e moral dos trabalhadores da classe estão sempre sujeitos aos riscos que o trabalho impõe.

“Tem cliente que distrata a gente, tem que elogia, tem que dá gorjeta, tem patrão que não dá lanche, tem outros que nos apoiam, mas outros que não reconhecem o nosso trabalho. Esse é um dos motivos de parar, a gente quer um pouco mais de respeito, porque o que vale é a palavra, não a carteira de trabalho assinada. Então, se caiu, machucou ou se quebrou a perna, ‘se lascou’, não tem amparo de ninguém, a menos que se pague por fora”, finalizou.

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