“Mudança com responsabilidade”, ótimo slogan de campanha para atrair o voto das pessoas que não detinham ou não queriam ter conhecimento do que se passava no Brasil desde meados do ano de 2014. A falta de dinheiro para gerir o Estado, mas a exorbitância dele para a ilicitude, fez com que grande parte dos brasileiros desiludissem dos governantes, sejam eles municipais, estaduais ou federais.
No País do jeitinho, aqueles que são eleitos para representar o povo no Executivo ou nas Casas Legislativas recebem vantagens indevidas para, respectivamente, sancionar ou aprovar projetos, enquanto a sociedade passa dificuldades por falta de investimentos básicos do Poder Público na educação, na saúde, na segurança, na assistência social e em diversas outras áreas essências que estão previstas como direitos na Constituição Federal afim de que o cidadão tenha uma vida digna.
O reflexo da corrupção sistêmica no poder mediante empresários e políticos, há muito atinge as cidades do interior como Ouro Preto, coibindo muitas vezes os gestores de realizar uma boa administração, ao menos que corram atrás, como o prefeito de São Paulo João Dória (PSDB), das Parcerias Público Privadas (PPP´s).
No entanto, em Ouro Preto, os adversários políticos do grupo passado falaram tanto pelos cotovelos durante os anos antecessores ao da atual gestão, que estão conseguindo piorar drasticamente a situação no município, com exceção do aumento na variedade de eventos culturais que atraem os turistas e geram uma significativa renda para a cidade. Esse certo aumento das diversidades ligadas à cultura pode ter a ver com o motivo de o Secretário de Cultura do Estado de Minas Gerais a praticamente 4 anos ser correligionário do atual prefeito da cidade? Seria ele de fato uma pessoa preocupada com os ouro-pretanos? Não sei, mas o fato de as pessoas serem adversárias políticas interferem e muito no bem estar dos cidadãos.
Enquanto artistas famosos vêm a Ouro Preto ganhando milhares do dinheiro público, faltam remédios básicos nas unidades de saúde, e até mesmo, em alguns casos, copos para os pacientes tomarem remédios na UPA; enquanto um ou outro funcionário recebe exorbitante salário, estradas como a do Bom Retiro em Santa Rita estão em situações precárias, fazendo com que os pés das pessoas atolem na terra por tamanha camada, sem contar a poeira provocada, ou as partes esburacadas.
No caminho contrário ao do que propunha em seu slogan de campanha: “Mudança com responsabilidade”, o atual prefeito da Vila Rica vem dispensando várias licitações; cada vez mais nomeia cargos comissionados que já passam dos 600; prometeu emprego para muitos ouro-pretanos, mas nomeia pessoas de fora para os cargos do alto escalão; isso tudo sem falar no absurdo previsto por ano no contrato da atual empresa de lixo, que eles, à época oposição, tanto criticaram na gestão do prefeito Zé Leandro. Contratos com valores nas estratosferas que passam em média 2x mais àqueles do passado. Mudança? Responsabilidade? Vejamos onde tudo isso vai parar.