Diante do sucesso das edições anteriores, o “Projeto MUCIH – Música nas Cidades Históricas” estará em Tiradentes nos dias 11, 12 e 13 de novembro, de sexta a domingo, levando o melhor da cena instrumental brasileira à cidade mineira. Todas as atrações são franqueadas ao público. O Projeto também abre espaço para apresentações de músicos locais e grupos folclóricos da região.
Entre os artistas, estão ícones como os saxofonistas Mauro Senise e Leo Gandelman, o pianista e compositor Cristóvão Bastos, o violonista Celso Faria, o multi-instrumentista Eduardo Farias, o percussionista Serginho Silva, o Duo Viegas / Ávila,além de grupos como o Música Antiga da UFF (Universidade Federal Fluminense), Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, Banda Ramalho e Áurea Música.
Patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e idealizado pelo produtor Leonardo Conde, da Duo Produções, o evento tem como objetivo realizar uma série de shows de música instrumental, passando pela música dos períodos Colonial e Imperial, e chegando à Contemporânea, resgatando e revitalizando um imenso patrimônio imaterial brasileiro.
Eis os locais de apresentação: Centro Cultural Yves Alves, Igreja da Matriz, Museu Padre Toledo, Igreja Nossa Senhora do Rosário, além de um cortejo pelas ruas de Tiradentes.
Depois de Tiradentes, o Projeto Música nas Cidades Históricas estará na cidade de Paraty, no sul fluminense, com apresentações nos dias 9, 10 e 11 de dezembro.
Acompanhe a programação pelo site https://mucih.com.br
Dia 11 de novembro, sexta-feira:
19h – Mauro Senise e Cristóvão Bastos – Centro Cultural Yves Alves – Senhas distribuídas com 1 hora de antecedência no local
Mauro Senise estudou flauta clássica com Odette Ernest Dias e sax com Paulo Moura. Durante muitos anos, tocou e gravou com grandes mestres, como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luis Eça. Junto com Pascoal Meirelles, fundou o grupo Cama de Gato, em 1985. Lançou inúmeros CDs,venceu o Latin Grammy 2017 na categoria de Melhor Álbum de MPB, com o trabalho “Dos Navegantes”, e tem uma parceria de longos anos com o pianista Gilson Peranzzetta.
Compositor, arranjador e exímio pianista, Cristóvão Bastos é uma das maiores referências da música brasileira atual. Autor de canções consagradas, como “Suave Veneno” e “Resposta ao Tempo” (vencedora do Prêmio Sharp 1999), ambas com letra de Aldir Blanc, e imortalizadas por Nana Caymmi, ele foi um dos fundadores da “Banda Black Rio”, em sua primeira formação. Recebeu 11 prêmios de música em diversas categorias.
Em 2022, a dupla lança o CD “Choro Negro – Cristóvão Bastos e Mauro Senise tocam Paulinho da Viola” (Biscoito Fino), celebrando os 80 anos do mestre Paulinho. Parte desse trabalho também será mostrado no Projeto MUCHI, incluindo pérolas como “Coração Leviano” e “Sarau para Radamés”.
20h 30 – Música Antiga da UFF – Igreja da Matriz – Entrada por ordem de chegada
Desde a sua fundação em 1981, o grupo vem resgatando e transmitindo não apenas a música, mas a própria visão de mundo da Idade Média, do Renascimento e do Barroco. Ao longo desses anos, os instrumentistas se especializaram, através de cursos no Brasil e no exterior, na técnica e interpretação das músicas desses importantes períodos. Seus integrantes, Leandro Mendes, Mário Orlando, Sonia Leal Wegenast, Cecilia Aprigliano e Rosimary Parra, trabalham com pesquisa histórica e musicológica, apresentando-se com réplicas dos instrumentos de época. O grupo já gravou sete CDs temáticos e um LP, realizou mais de 2 mil concertos em todo o Brasil, além de trilhas sonoras, videoclipes, e organiza cursos, festivais e feiras renascentistas na Universidade Federal Fluminense.
Dia 12 de novembro, sábado:
11h – Banda Ramalho – Cortejo pelas ruas de Tiradentes
Integrante do grupo centenário de músicos junto com a Orquestra Ramalho, de Tiradentes, é hoje uma sociedade que preserva e divulga o repertório sacro e mineiro pela região. Embora tenha sido originada como instituição familiar no século XIX, no final do século XX a Orquestra Ramalho tornou-se uma associação com estatutos próprios, passando a ser denominada Sociedade Orquestra e Banda Ramalho. É responsável por exibições, principalmente em teatros e igrejas, enquanto a Banda realiza apresentações nas festas da cidade em espaços abertos e cortejos.
16h – Celso Faria – Museu Padre Toledo – Entrada por ordem de chegada
Natural de Passos (MG), iniciou seus estudos musicais de maneira autodidata aos dez anos de idade. Em 1994, ingressou no Curso de Formação Musical da Escola de Música da UFMG, onde obteve o título de Bacharel em Música – habilitação em violão. Com várias premiações, Celso Faria possui destacada atuação como recitalista de violão solo e integra formações camerísticas. O número de obras a ele dedicadas, encomendadas, transcritas ou arranjadas já supera 170 títulos. Nesta apresentação do Projeto MUCHI, o artista fará um recital de violão solo, com repertório contemplando a temática brasileira e, em especial, a mineira, visitando obras de Heitor Villa-Lobos, Ernani Aguiar, Aníbal Augusto Sardinha (Garoto), José Vieira Brandão, Antônio Celso Ribeiro, Lourival Silvestre, Sérgio Assad e Marlos Nobre, entre outros.
19h – Léo Gandelman e Eduardo Farias – Centro Cultural Yves Alves – Senhas distribuídas com 1 hora de antecedência no local
Um dos músicos brasileiros mais celebrados, o saxofonista Leo Gandelman conquistou uma plataforma inteiramente única no Brasil – rara de fato no mundo: é adorado pelo grande público jovem e pop, e pelos fãs de MPB, ao mesmo tempo que associa o seu nome à excelência e virtuosismo da música clássica. O artista ultrapassa a fronteiras da música clássica e popular a bordo da qualidade do seu saxofone.
Considerado uma revelação da nova safra da música brasileira e um dos mais requisitados da atualidade, Eduardo Farias é pianista, multi-instrumentista, além de professor, produtor musical, arranjador e orquestrador.
Uma amostra do que há de melhor na música brasileira está no repertório do experiente saxofonista Leo Gandelman. A juventude e vitalidade de Eduardo Farias ao piano está em perfeita sintonia com as performances de Gandelman.
20h – Áurea Música – Igreja da Matriz – Entrada por ordem de chegada
Formado em 2006, o grupo é integrado pelas instrumentistas Salomé Viegas (flauta), Maria Amélia Viegas (cravo/órgão), Elisabete Mendonça (soprano) e Ana Júlia Chinelato (violoncelo). Todas com formação acadêmica, e herdeiras de uma tradição musical centenária da região de Minas Gerais, elas têm se dedicado ao estudo e interpretação de músicas do período colonial brasileiro/mineiro e barroco europeu. Comemorando os 200 anos da Independência do Brasil, neste novo recital intitulado “Sons do Brasil Imperial”, o grupo apresenta gêneros musicais como modinhas, polcas e lundus do século XIX, mostrando como a musicalidade brasileira se constituiu através do diálogo entre portugueses recém-chegados, negros e mestiços.
Dia 13 de novembro, domingo:
10h – Congado N. S. do Rosário e Escrava Anastácia – Igreja N. S do Rosário – Entrada por ordem de chegada
O Congado é uma expressão cultural e religiosa que envolve o canto, a dança, o teatro e espiritualidades cristã e de matriz africana. Nesta festa, se louva Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, lembrando da proteção que esses santos deram aos escravos negros. A Congada é mistura das festas trazidas pelos negros escravizados com a religiosidade cristã praticada na Colônia. No entanto, suas origens remontam à própria África, quando os súditos faziam o Cortejo aos Reis Congos, a fim de agradecer os seus governantes.
16h – Duo Viegas /Ávila – Museu Padre Toledo – Entrada por ordem de chegada
O Duo de flauta e violão Viegas / Ávila iniciou suas atividades musicais em 2006, a partir do contato docente no Conservatório Estadual de Música de São João del Rei, escola onde os instrumentistas atuavam como professores, na época. Executa um repertório que abrange, em sua maior parte, a música brasileira do século XX, desde o choro de Pixinguinha até a brasilidade de Gnatalli, à atualidade de Gismonti e Assad. O Duo Viegas / Ávila tem se apresentado em diversas cidades da região do Campos das Vertentes mineiro, como Tiradentes, São João del Rei e Juiz de Fora.
19h – Serginho Silva – Centro Cultural Yves Alves - Senhas distribuídas com 1 hora de antecedência no local
Serginho Silva iniciou a sua trajetória em 1982. Renomado quando se trata dos tambores de Minas, baterista e percussionista exímio com trabalho de décadas no país e no exterior. Atua na divulgação das nossas raízes mineiras com os tambores e sonoridades que nos chegaram dos escravos do Congo e se espalharam por Minas e pelo Brasil. Preservação de difusão das nossas matrizes africanas são parte importante do seu trabalho.
“PROJETO MUCIH – MÚSICA NAS CIDADES HISTÓRICAS”
- TIRADENTES – 11, 12 e 13 de novembro de 2022 – sexta a domingo
- Entrada franca
- Classificação indicativa: livre
- Concepção e coordenação do projeto: Leonardo Conde
- Patrocínio: Instituto Cultural Vale
- Apoio Institucional: Prefeitura de Tiradentes
- Mídias sociais:@destinotiradentes e @prefeituratiradentes
Fonte: Mônica Cotta/Assessoria de Imprensa