Nasce uma legião de ídolos

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Em meu último texto, falei da história que vem sendo escrita pela atual geração do clube. Um time copeiro, vencedor e identificado com a torcida. Combinação pouco comum no futebol brasileiro. E como não poderia ser diferente, essa combinação, traz juntamente consigo a consagração de alguns jogadores. E alguns deles caminham a passos largos para alcançarem um raro patamar: o de ídolos do Cruzeiro. Aqui resolvi falar dos atletas que acredito que já alcançaram ou estão próximos de alcançar esse patamar. Confira:

Fábio

Com incríveis 800 jogos disputados, é o jogador que mais atuou na história do Cruzeiro. Somando suas duas passagens pelo clube, já são 15 temporadas defendendo o time celeste e onze títulos conquistados: seis Campeonatos Mineiros, três Copas do Brasil e dois Brasileiros. Há no mínimo dez anos como um dos principais jogadores do Brasil, Fábio, por muito tempo, conviveu com críticas e desconfiança em relação a seu futebol e postura. Mas as últimas temporadas, quando o goleiro se mostrou decisivo, elevaram seu patamar no clube. Hoje, Fábio é considerado por muitos o maior goleiro da história do Cruzeiro, e essa história só tende a se enriquecer nos próximos anos.

Léo

Como Fábio, Léo demorou a gozar de um grande prestígio com a Nação Azul. No clube desde 2010, o jogador esteve no clube “nas boas e nas más” da década. Torcedor do clube, o jogador foi peça chave na conquista do bicampeonato da Copa do Brasil nas temporadas de 2017/2018 e hoje é um dos atletas mais queridos da torcida.

Dedé

O “Mito” chegou ao Cruzeiro em 2013 e também faz parte da geração bicampeã brasileira e da Copa do Brasil. Carismático fora de campo e um craque dentro dele, Dedé é um dos jogadores mais queridos da torcida e já deixou seu nome na história do clube. O drama pessoal do jogador, que ficou três anos sem jogar por seguidas lesões, e seu poder de superação, voltando a atuar em 2018 em nível de Seleção, criaram uma narrativa digna de filme. O casamento de Dedé com o Cruzeiro promete durar muitos anos.

Henrique

Somando suas duas passagens pelo Cruzeiro, o capitão celeste já acumula mais de 400 jogos com a camisa do clube e é mais um que viveu momentos bons e ruins no time. Discreto em campo, o jogador nunca precisou de muito alarde para se firmar como uma das personalidades mais importantes dentro do Cruzeiro. Um daqueles atletas operários que jamais será esquecido pela torcida azul.

Thiago Neves

É um daqueles jogadores que, apesar da inquestionável capacidade técnica, parece não ter perfil de ídolo. Muitos clubes, incluindo alguns rivais, na carreira, passagens por mercados alternativos e idade avançada pareciam empecilhos para que o jogador se eternizasse no Cruzeiro. Mas o que se viu foram situações totalmente diferentes. Thiago Neves parece ter nascido para usar azul. O que se viu do camisa 30 celeste foram grandes atuações individuais e muita disposição para defender o clube dentro e fora de campo, além de um assombroso poder de decisão. Thiago vestiu a camisa do clube de tal forma que não parece que só chegou a duas temporadas. Também trouxe ao Maior de Minas o ar irreverente e provocativo que a torcida há muito sentia falta. O ódio dos atleticanos ao jogador diz tudo. A única coisa a se lamentar sobre a chegada do meia ao Cruzeiro é ela não ter acontecido antes.

De Arrascaeta

O tímido e quieto meia uruguaio se transforma quando coloca a lendária camisa 10 celeste e incorpora o carinhoso apelido de “Arrascapeta”. Maior artilheiro estrangeiro da história do clube, jogador estrangeiro com mais jogos pelo clube e maior artilheiro do novo Mineirão, tudo isso com apenas 24 anos de idade, mostram o quão grande é Arrascaeta para a história do clube. Como Thiago Neves, Arrascaeta é um jogador que desfruta dos grandes jogos e tem um apetite por decisões. O uruguaio, por exemplo, marcou em ambas as finais de Copa do Brasil disputadas e vencidas pelo clube, em 2017 e 2018. É um daqueles jogadores que, se sair do clube, será um pedido constante da torcida. Um ídolo.

Mano Menezes

Apesar das inúmeras ressalvas e críticas pelas filosofias de jogo adotadas, muitas vezes cautelosas demais e poucos vistosas, não há como negar que Mano Menezes é uma das figuras mais importantes da história do clube. Em duas passagens pelo clube, o treinador livrou o Cruzeiro do rebaixamento por duas vezes, além de comandar a equipe no bicampeonato Copa do Brasil. Mano, apesar de não dar a torcida um time ofensivo e um futebol vistoso, deu a tranquilidade de ver um time que dificilmente é batido e resgatou o espírito copeiro dos anos 90, que o torcedor tanto sentia falta.

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