Servidores da educação fazem manifestação pedindo piso salarial, em Ouro Preto

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Os servidores da educação se reuniram nas portas da Superintendência Regional de Ensino de Ouro Preto, na Rua Direita, para protestar contra a política salarial do Governo de Minas Gerais. A manifestação aconteceu na manhã de segunda-feira, 14 de março.

Os servidores reivindicaram uma recomposição salarial de 33%, enquanto o Governo de Minas Gerais propõe o reajuste de apenas 10,06%, desconsiderando as perdas anteriores. Atualmente, o salário-base do professor no estado é de R$ 2.134, enquanto o piso salarial aprovado é de R$ 3.835.

Servidores da educação fazem manifestação pedindo piso salarial, em Ouro Preto
Foto: Instagram/Matheus Pacheco

De acordo com os servidores, o Piso Nacional aprovado é garantido tanto pela legislação federal quanto pela lei estadual, porém o governador Romeu Zema (Novo) não o cumpriu. Além disso, caso a proposta de renegociação fiscal encaminhada à Assembleia Legislativa seja aprovada, serão mais nove anos sem reajuste.

O vereador Matheus Pacheco (PV), que também é professor, compareceu ao ato na porta da SRE Ouro Preto e se manifestou contrário às políticas públicas do Governo do Estado. Ele gravou algumas imagens da manifestação e as publicou em seu perfil no Instagram. No vídeo, é possível ver um homem fazendo um discurso contra a precarização do ensino público por parte de Romeu Zema.

“Se é grave, é greve. Estão as trabalhadoras e trabalhadores da educação lutando por uma qualidade na educação. Nós do serviço público, atendemos em torno de 80% dos jovens e crianças do Brasil inteiro. Só que aqui em Minas Gerais está precário, o governador Zema não cumpre com a lei, tratando serviço público como empresa e não é. Não tem fins lucrativos, estamos aqui para oferecer uma educação de qualidade para a população, porém estamos vendo a classe trabalhadora sem receber nem um salário mínimo, que já é uma miséria no Brasil. A gasolina aumentou 18% ontem, diesel 25%, vai chegar uma hora que não vamos conseguir sair de casa, nem para trabalhar. O Governo de Minas não paga transporte para os trabalhadores, não tem auxílio-alimentação, não cumpre a lei do piso. Vai chegar um momento que vamos estar na miséria. O Zema está precarizando o serviço público para passar tudo para iniciativa privada, esse é o plano de governo dele, estado mínimo.”

Veja os vídeos gravados por Matheus Pacheco:

Na semana passada, Zema anunciou que o aumento de 10,06% seria retroativo a partir de janeiro deste ano para trabalhadores da educação, segurança e saúde, porém, a medida não convenceu os servidores. Em todo o estado, as três categorias do funcionalismo público mineiro realizam paralisações para pressionar o governador. Na quarta-feira, 16 de março, o SindUTE BH deverá realizar nova Assembleia em Belo Horizonte.

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