Na última quarta-feira (4), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) publicou a Portaria de Outorga 0107810/2019, que autoriza a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) a realizar a capitação de 5 mil litros de água por segundo (l/s) no Rio Paraopeba.
A medida, que faz parte de um acordo entre o Governo de Minas, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), além da Copasa, tem como objetivo restabelecer as fontes de abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), garantindo a segurança hídrica à população.
A captação será realizada através de um novo ponto que estará situação a cerca de 2,3 quilômetros acima do trecho do rio que recebeu os rejeitos de minério que vazaram da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão da mineradora Vale, que se rompeu em 25 de janeiro deste ano, causando 249 mortes e deixando 21 desaparecidos.
Dessa forma, a nova estrutura irá substituir a captação paralisada após ter seu pleno funcionamento comprometida pelo rompimento da barragem. Os custos das obras de infraestrutura necessária para a implantação do novo sistema serão de responsabilidade da mineradora Vale, como uma das medidas compensatórias pelo desastre.
“É um passo fundamental para assegurar o abastecimento na RMBH “, diz diretor da Copasa
Desde a tragédia ocorrida em janeiro, autoridades se preocuparam com o risco de comprometimento do abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que, em grande parte, depende do Rio Paraopeba.
Com a nova medida anunciada pelo governo, o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Guilherme Frasson, afirmou que, a partir da publicação da outorga, as obras de implantação da nova captação poderão ser iniciadas o mais breve possível. Ainda de acordo com ele, “Esse é um passo fundamental para assegurar que o abastecimento na RMBH volte à sua normalidade”.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, também aproveitou o anúncio para destacar que a ação se somará a diversas outras medidas conduzidas junto aos 23 municípios da calha do Paraopeba, com reflexos na qualidade do rio.
*Com informações da Agência Minas.