Novas usinas hidrelétricas podem movimentar R$ 16 bilhões e gerar cerca de 135 mil empregos em MG

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De acordo com os dado da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (ABRAPCH), há um grande potencial de Minas Gerais e dos demais entes federativos na geração de energia elétrica e suprimento da demanda interna por meio de fontes renováveis. A construção de novas usinas hidrelétricas em terras mineiras pode movimentar mais de R$ 16 bilhões na economia estadual e gerar cerca de 135 mil empregos, segundo a ABRAPCH.

Em fevereiro de 2021, de acordo com a entidade, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a construção de 30 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH). Juntas, elas conseguiriam produzir 121,3 megawatts de energia elétrica. Porém, a liberação e o leilão das concessões só devem acontecer após o licenciamento ambiental. Caso consiga a liberação, a associação projeta que as centrais possam gerar 7.288 postos de trabalho e negócios de R$ 850 milhões.

Novas usinas hidrelétricas podem movimentar R$ 16 bilhões e gerar cerca de 142 mil empregos em MG
Foto: Divulgação / Cemig

Se tratando de investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Minas Gerais, é possível construir 173 novas usinas em um somatório de R$ 15,8 bilhões despendidos para tirar os projetos do papel. Essas usinas, ainda de acordo com os dados da entidade, poderiam criar 135 mil empregos e gerar 2.255 megawatts para reforçar o sistema elétrico.

Segundo o presidente da ABRAPCH, Paulo Arbex, o crescimento das pequenas centrais hidrelétricas no país pode ajudar a reduzir a conta de luz e emissão de gases de efeito estufa.

 “A solução para a crise hídrica vai muito além da geração de eletricidade; coloca em risco nossa moderna agricultura irrigada, torna o abastecimento de água de nossas cidades inviáveis ​​e a produção da nossa indústria mais cara ”, disse.

Redução do custo de operação

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tomou medidas para reduzir o custo de operação do sistema elétrico diante da recuperação dos reservatórios de usinas hidrelétricas. Entre elas, o CMSE estabeleceu limite para o despacho de termelétricas mais caras, que foram muito utilizadas enquanto o país se recuperava da pior seca em 91 anos nas áreas das hidrelétricas, principal fonte geradora do país.

O órgão decidiu que o valor teto para os despachos termelétricos e para importação de energia elétrica dos países vizinhos seja reduzido de 1.000 reais/MWh para 600 reais/MWh.

O Ministério de Minas e Energia observou que, com o plano de recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o volume do reservatório equivalente do sistema atingiu 5,1 pontos percentuais acima do previsto, atingindo 49,4% no final de janeiro.

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