Novo comando!

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Após 3 anos (fato raro por estas bandas), o Cruzeiro está agora sob novo comando. Comando esse que apesar do fim conturbado e não muito feliz, pode-se dizer que foi vitorioso e bem executado, que teve seus períodos de altos e baixos, o que é normal que aconteça. Mas mesmo com todas as ressalvas e questionamentos que foram e possam ser apresentados, se o colocarmos na balança, o lado positivo pesará mais que o negativo, e por mais que reclamasse, brigasse e xingasse, o torcedor Cruzeirense, no fundo, sentirá um pouco de saudade.

Rogério Ceni é o novo comandante escolhido pela direção para assumir o clube neste momento tão conturbado no qual se encontra; A missão do treinador (que não é das mais fáceis) é primeiramente salvar o clube do rebaixamento (o time hoje se encontra no Z4 do brasileirão) e, se possível, tentar reverter a vantagem construída pelo Internacional no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, levando assim o time hexacampeão a mais uma final do torneio, o que poderia “salvar” o ano cruzeirense.

A escolha de ambos, treinador e clube, foi arriscada. O ex-goleiro por ter deixado um clube no qual fez e estava fazendo história, onde as cobranças, questionamentos e principalmente expectativas eram menores. Agora Ceni assume um clube grande que vive um momento complicado dentro e fora de campo, onde as cobranças já estão enormes, e onde pode ainda, na pior das hipóteses, acabar escrevendo seu nome, negativamente, na história do clube caso não consiga cumprir a sua principal missão no momento, que é evitar que o time seja rebaixado. Para o clube, a escolha é arriscada porque se apostou em um treinador que, embora tenha um currículo vencedor dentro do esporte, ainda é novo na função que hoje exerce, e que ainda não passou por essa situação de assumir o “volante com o carro em movimento”, e ainda, de ser aquele que chega com o “extintor na mão para apagar o incêndio”.

Rogério Ceni possui características totalmente diferentes às do antigo treinador, o que exigirá maiores mudanças e cobranças, em um elenco já envelhecido e que não me parece tão receptível.

Claro que há também o lado que pode ser positivo, para ambos, caso tudo de certo. Rogério Ceni pode ser campeão da Copa do Brasil, após apenas três jogos, entrando assim para a história do clube e da competição, podendo também colocar de vez seu nome no rol dos grandes treinadores brasileiros caso realize um bom trabalho em um clube do tamanho do Cruzeiro.

O Cruzeiro, por sua vez, além de reduzir custos, que hoje é algo imprescindível para o clube, pode dar início a um trabalho inovador e moderno – visto que o atual estava meio batido e ficando ultrapassado – com uma característica mais agradável e que consiga mais com o histórico do time, trazendo assim o torcedor mais para perto de si e ainda vir a ter um trabalho de longo prazo. E quem sabe até vencedor.

Tem tudo para dar certo como também tem tudo para dar errado. O jeito agora é aguardar, pois o antigo comando já se foi e o novo esta apenas começando.

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