Em menos de dois meses de mandato, o presidente Jair Bolsonaro já vê seu governo envolvido em vários escândalos.
Após já ser noticiado fatos desastrosos como a fala da ministra Damares Alves, o caso da movimentação financeira milionária envolvendo Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, surpreende nesta semana a demissão de um ministro por influência de seu outro filho, Carlos Bolsonaro.
Este, vereador pelo Rio de Janeiro, descrito como “pitbull da família”, já mostrou que seria um entrave para o governo desde o primeiro dia, quando grosseira e deselegantemente acomodou-se no Rolls Royce da presidência, junto de seu pai, durante o desfile presidencial- fato jamais visto na história do país.
A partir de então, o “pitbull” começou a rosnar para todos que se aproximam do pai, ou ameaçam sua autoridade e influência sobre ele.
Carlos acompanhou diversas reuniões da transição ministerial, mesmo sem ter sido indicado para nenhum cargo no executivo, e controla, à tempos, as redes sociais do Presidente.
Não bastasse tudo isso, o garoto, que confunde a governança do país, confiado a seu pai, com um feudo familiar onde pode-se mandar e desmandar!
Criou na última semana, um verdadeiro embaraço, envolvendo o agora ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno, que culminou na sua exoneração.
A demissão do ministro não foi bem recebida pela base aliada, ainda em construção.
Não se sabe até onde pode-se confiar num presidente que parece submeter assunto de governo ao crivo do filho, ou no mínimo, é influenciado por ele.
Resultado disso, foi a primeira derrota do governo na Câmara nesta terça-feira (19), quando foi derrubado o decreto do presidente que flexibilizava a Lei da Transparência.
É hora de o governo fazer uma autocrítica, pois o país precisa de muitas reformas pra sair da recessão, não há tempo para ingerências familiares no entorno do mais alto cargo do país.