Nem que se passem 10 anos!

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Mano Menezes já está no comando técnico da equipe do Cruzeiro há praticamente três anos, o que para os nossos padrões chega a ser um tempo recorde, já que nossos treinadores não costumam passar nem do campeonato estadual ou de uma sequência de três derrotas seguidas.

O estilo do treinador e a forma de jogar de suas equipes sempre foram praticamente os mesmos. No Cruzeiro, desde que chegou, a forma de atuar do time sempre foi a mesma. Todo mundo sabe como o Cruzeiro irá se comportar em campo e a forma do time jogar.

Mano Menezes prima mais por não perder e não sofrer gols, do que especificamente ganhar e fazer gols. Seu time joga no limite, no erro zero, compacto, todo mundo marca, todo mundo defende e sem vergonha nenhuma de não ter a posse de bola e de se fechar todo no campo de defesa. O time joga pela famosa “uma bola”, esperando sempre o erro adversário e uma oportunidade de dar o golpe, ou, na maioria das vezes, contragolpe, que pode ser fatal.

Não podemos dizer que este estilo “Mano Menezes” de jogar futebol não funcione. As duas Copas do Brasil conquistadas recentemente estão aí para contradizer isso. Aliás, o formato de competição mata-mata aceita mais esse tipo de jogo. Os pontos corridos nem tanto. Não podemos dizer também que não é arriscado, pois exige dos jogadores um nível de concentração e acerto altíssimo, uma vez que um erro de posicionamento que seja, uma desatenção na marcação, uma falha individual, um pênalti cometido, um erro da arbitragem (que continuam acontecendo mesmo tendo o VAR), uma felicidade do adversário em acertar um chute de fora da área ou uma cobrança de falta bem feita podem colocar tudo a perder.

O torcedor não tem sossego um minuto sequer durante os jogos. É tensão e apreensão o tempo todo. Alívio só ao soar do apito final. Tudo isso causa uma irritação tremenda, uma impaciência, uma agonia… em alguns momentos chega a causar desespero e até mesmo revolta.

O jogo contra o River no meio da semana, pela Libertadores, foi mais um desses em que o torcedor só voltou a respirar normalmente após o apito final, pois por mais que o tempo passe e o torcedor já saiba como o time joga e vai jogar, já conheça o trabalho do treinador e até já devesse estar acostumado; ninguém esta preparado para isso e ninguém se acostuma…

Nem que se passem 10 anos…

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