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Quem gosta de ver filmes ou acompanha aquela série preferida, sabe que existem inúmeros serviços de streaming de vídeo disponíveis no mercado atualmente. Netflix, Amazon Prime Video, Apple TV+ e futuramente, o Disney+, são bons exemplos de plataformas para assistir praticamente de tudo. Entretanto, será que a Netflix, que é o serviço mais famoso no Brasil, é o melhor para assinar?
A cultura do streaming vem crescendo no Brasil e novas plataformas vêm sendo lançados nos últimos tempos. As assinaturas de serviços do tipo já ultrapassam as de TV a cabo em todo o mundo. No entanto, as companhias de televisão tradicionais ainda faturam mais. Com essas novas formas de transmissão, poderá haver ainda mais conteúdo original de entretenimento, fazendo com que a quantidade de assinaturas cresçam.
Qual escolher?
A Netflix é líder de mercado no Brasil e, até o final de março de 2019, tinha 148,9 milhões de assinantes em todo o mundo. Sendo assim, ela passa numericamente todos os demais serviços de vídeo por assinatura. A plataforma possui três faixas de preços distintas, de acordo com o número de telas que o usuário deseja. Uma tela com definição padrão de imagem custa R$ 21,90.
Já a Apple TV, que estreou no Brasil neste mês de novembro, possui mensalidade de R$ 9,90, mas com um catálogo bastante modesto, só possuindo sete séries originais. Porém, a companhia garante que novas produções serão adicionadas em breve. É possível acessar a plataforma na maior parte dos dispositivos da maçã, e para quem não possui dispositivos da empresa, os conteúdos podem ser assistidos por meio do Google Chrome, Firefox ou Safari.
O serviço de streaming da Amazon, chamado Amazon Prime Video parece ser uma opção interessante a ser cogitada. Isso porque, além de ter acesso aos filmes e séries, ao assinar o Amazon Prime, o consumidor pode usufruir também do Prime Music, uma espécie de Spotify, mas que possui uma quantidade limitada de músicas. Além disso, há o Prime Reading, uma plataforma livros digitais e revistas que o usuário pode acessar. A assinatura da Amazon Prime também dá ao usuário benefícios no Twitch Prime, plataforma de transmissão de partidas de jogos, para os gamers de plantão.
Para comparação, a Netflix é quem possui o catálogo mais variado em relação as demais plataformas, com muitas séries conhecidas pelos brasileiros. No entanto, o Amazon Prime oferece mais benefícios. Por fim, também teremos o Disney+, que deve chegar ao Brasil em 2020, com um catálogo imenso de filmes e séries.
O potencial do Disney+
A Disney vem aumentando exponencialmente a sua influência no mercado. Anunciado em abril de 2019, o Disney Plus é a nova plataforma de streaming da empresa. O serviço reunirá filmes e séries com produções originais e de outras plataformas e deve-se dedicar a clientes da faixa infanto-juvenil, além de abrigar, por exemplo, títulos famosos como os da franquia Star Wars, da Marvel e Os Simpsons. Desse modo, a plataforma promete competir diretamente com a Netflix e demais serviços.
O novo serviço de streaming, que será lançado no próximo dia 12 de novembro nos Estados Unidos, reunirá uma vasta quantidade de produções em seu catálogo. A plataforma contará com clássicos da empresa e muitos blockbusters. Em uma série de mais de 300 tuítes postados no mês passado, na conta oficial do Disney+, a plataforma apresentou uma lista bastante recheada, incluindo títulos recentes como A Dama e o Vagabundo, Dumbo, Capitã Marvel, Toy Story 4, Frozen 2, entre outros. Caso queira saber mais sobre a lista de produções divulgada, confira a thread, quase interminável, publicada no Twitter.
Assim como os demais serviços, o Disney+ terá suporte a uma variedade de dispositivos, como celular, PC, Smart TVs e consoles de jogos. Com o preço inicial de US$ 6,99 no plano mensal nos EUA, o valor é altamente competitivo e rivaliza com a Netflix, que custa cerca de U$ 13 mensalmente por lá.
Uma pesquisa foi realizada pelas empresas Streaming Observer e Midnet Analyytics, para analisar o que o público considera mais viável. O resultado: cerca de 8,7 milhões de assinantes consideram trocar a Netflix pela nova plataforma da Disney. O número equivale a 14,5% dos atuais clientes da Netflix. Destes, 20% (1,3 milhão de pessoas) respondera, que “com certeza” irão migrar de plataforma.
De acordo com a Disney, o serviço de streaming deve chegar ao Brasil em 2020, mas não há estimativa de preço.
Concentração de poder no entretenimento
Atualmente, algumas empresas conseguem controlar a maior parte do conteúdo de entretenimento que consumimos. São elas a Netflix, a Amazon, a Disney, o Facebook e a Apple (lembrando que estas empresas são detentoras de muitas outras). Como resultado da concentração de poder na mão dessas empresas, principalmente no ramo do entretenimento, o consumidor perde a possibilidade de escolher por um serviço melhor e mais diversificado.
Com essa concentração de poder no entretenimento, as pessoas perdem a possibilidade de escolher uma plataforma mais diversificada e são “obrigadas” a assinarem mais plataformas, se quiserem consumir um conteúdo diferenciado.
Por outro lado, talvez isso incentive plataformas como a Netflix a criarem mais conteúdo original, motivada pela concorrência. E isso de fato vem acontecendo: a Netflix atualmente já cria uma grande quantidade de produções próprias. Isso porque, a Disney vem retirando seus filmes e séries do catálogo da Netflix. Ou seja, logo logo nenhum produto da Disney estará disponível na plataforma, que será sua maior concorrente.
O aumento na quantidade de serviços de streaming pode fazer com que clientes precisem escolher quais contratar. No entanto, quando se trata de entretenimento, a concorrência tem um limite. Isso porque filmes e séries são produtos únicos, que não pretendem substituir nenhum outro. Desse modo, surge um questionamento: com tantas opções, as pessoas irão assinar mais de uma plataforma de streaming ou irão optar pela assinatura que seja mais conveniente? Nesta primeira opção, quem ganha é o consumidor, mas aquele que tem condições de assinar mais de uma plataforma para poder consumir produções mais diversas.
Disney
O grupo Disney já controla boa parte do entretenimento audiovisual mundial, caminhando a largos passos para o monopólio sobre as produções cinematográficas. A companhia é dona da empresa televisiva ABC, da Marvel, da LucasFilm, da Pixar, da Fox, do Hulu, entre outras marcas. Deste modo, a Disney possui os direitos da saga Syar Wars (produzido pela LucasFilm), dos filmes Monstros S/A, Carros, Procurando Nemo, Up (Pixar) e da franquia Muppets. Também possui as séries Modern Family, Greys Anatomy, How to Get Away With Murder e os Simpsons (Fox). É dona também de produções de maior bilheteria da história, como Avatar e Vingadores 4.
Vale lembrar que as produções citadas acima são verdadeiras “minas de ouro”. De fato, a continuação das franquias de sucesso continuará rendendo muitos bilhões à Disney. A era do gelo, por exemplo, fez mais de 6 bilhões de dólares de receitas, em cinco filmes. O conglomerado Disney também é detentor do canal que é referência quando se trata de esportes em todo o mundo: a ESPN. Sendo assim, o extenso catálogo é a maior aposta da Disney no ramo de streaming.
Sendo assim, a velocidade com que a Disney se expande é impressionante, e é cada vez mais difícil fugir dos conteúdos da empresa. O controle de várias marcas do ramo pela Disney também pode contribuir para a diminuição das concorrências e influenciar diretamente em uma queda de inovações criativas no cenário audiovisual.
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