A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, nesta quinta-feira (16), que a Backer foi sabotada por um de seus fornecedores, e já cumpre mandado de busca e apreensão em uma distribuidora que fornece o monoetilenoglicol para a cervejaria. A empresa acusada fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A perícia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encontrou substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol na água usada na produção da cervejaria Backer.
Além disso, um ex-funcionário do fornecedor da Backer esteve com a polícia e deu detalhes sobre o processo de fornecimento, mostrando até filmagens. Ele trabalhou dez meses nessa empresa e mostrou provas de que o monodietilenoglicol era misturado ao dietilenoglicol para ficar mais barato. E ainda, trocou rótulos para camuflar a irregularidade.
A suspeita é de que outros rótulos da empresa possam estar contaminados além da cerveja Belorizontina, que já foi responsável pela intoxicação de, pelo o menos, 18 pessoas com a síndrome nefroneural e três óbitos.
Até o momento, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento identificou as susbstâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em oito rótulos produzidos pela cervejaria Backer, de Belo Horizonte.
De acordo com o mapa, são 21 lotes contaminados no total, sendo que um deles foi usado para produzir dois rótulos. Além da Belorizontina, a cerveja Capixaba, que é distribuída no Espírito Santo, também teve identificação de substâncias tóxicas, assim como outras cinco: Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.