Ouro Preto comporta o maior número de barragens a montante, diz Semad

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O Governo de Minas, por meio da secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Germano Vieira, determinou que todas as barragens de contenção feitas pelo método a montante – quando a barragem é construída apoiada sobre o próprio rejeito – sejam extintas do Estado. Esse tipo de estrutura é o mesmo que rompeu-se em 2015, em Mariana, da Samarco; e neste mês, em Brumadinho, da Vale.

Atualmente, segundo a Semad, existem 50 barragens a montante no Estado. Deste total, 27 estão em operação e 22 paralisadas. A barragem B1, da Mina do Feijão, que rompeu-se na última sexta-feira (25), ainda consta na lista.

Confira os municípios onde estão situadas as barragens a montante e o número delas.

Ouro Preto – 10
• Itabira – 8
• Itatiaiuçu – 6
• Itabirito – 4
• Nova Lima – 4
• Brumadinho – 3*
• Rio Acima – 3
• Igarapé – 2
• Mariana – 2
• Nazareno – 2
• Barão de Cocais – 1
• Caeté – 1
• Congonhas – 1
• Fortaleza de Minas – 1
• Itapecerica – 1
• São Tiago – 1

*contando com a Barragem B1, da Mina do Feijão, que se rompeu

A notícia foi publicada no Diário Oficial de quarta-feira (30). A medida vale para novas barragens e, também, para as já existentes e, inclusive, as inativas. As mineradoras do Estado terão até dois anos para extinguir as barragens e adotar uma alternativa tecnológica para evitar novas barragens.

“Diante do cenário que se apresenta, nossa sociedade não está disposta mais a ser destinatária de impactos ambientais e humanos, por esta razão já estabelecemos medidas concretas para, no âmbito das competências da secretaria, assegurar à sociedade que estruturas como as de Fundão, em Mariana, não sejam mais analisadas no órgão ambiental, ainda que tenham sido propostas por empreendedores”, pontua Germano Vieira.

A decisão do Governo de Minas vem após o rompimento da Barragem B1, da mineradora Vale, no Córrego do Feijão, no Município de Brumadinho, na Grande BH. Após o desastre, a mineradora já havia anunciado que faria o descomissionamento de suas barragens de alteamento, ou seja, a extinção de dez barragens deste tipo em Minas – outras nove já passaram por esse processo.

Agora, com a decisão do governo, todas as barragens do Estado, que utilizam o método, deverão ser extintas para evitar novas catástrofes.

Já o processo de descaracterização é aquele no qual a barragem deixa de possuir as características de barragem, ou seja, passa a não operar como estrutura de contenção de rejeito, sendo destinada à outra finalidade. Enquanto o rejeito é o material descartado das operações de tratamento posteriores à lavra, com objetivo de fragmentar e concentrar o minério com a utilização de água ou reagentes no processo.

* As informações são do site BHAZ

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