Em videoconferência realizada na última quinta-feira (28), a Comissão de Patrimônio Cultural do Mercosul, da qual o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é membro, decidiu que Ouro Preto (MG) sediará o III Seminário Internacional sobre Patrimônio e Turismo no Mercosul (III SEMPAT). O evento, previsto para o segundo semestre de 2021, reunirá especialistas em turismo cultural de todos os países integrantes do bloco com o objetivo de debater e expor soluções para a preservação dos sítios culturais e o fomento ao turismo no contexto pós-pandemia de Covid-19.
A terceira edição do seminário trabalhará o Patrimônio Cultural em sua intersecção com a economia, o desenvolvimento sustentável, a experiência dos visitantes e a convivência com as comunidades.
Além de oportunidades de crescimento econômico, o III SEMPAT colocará a preservação do Patrimônio Cultural no cerne do debate. Os temas transversais abordados incluem o processo de valorização dos bens culturais, a criação de narrativas e de ferramentas para manter suas características originais.
“De acordo com a Unesco, o turismo cultural, quando bem executado, é tanto um vetor de geração de emprego e renda quanto um meio para preservar os sítios culturais. Por conta disso, o III SEMPAT será um momento muito importante para que as nações da América do Sul pensem em alternativas de recuperação econômica em meio à nova realidade trazida pela Covid-19“, aponta a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
Por ocasião do III SEMPAT, exemplos de sucesso do turismo em sítios patrimônio serão expostos. A delegação brasileira apresentará o caso de Ouro Preto (MG). “Ouro Preto foi o primeiro Centro Histórico Brasileiro a ser declarado Patrimônio Mundial pela Unesco, é uma cidade que gira ao redor do Patrimônio Cultural. Acreditamos que essa experiência agregará muito aos presentes no seminário”, pontua o diretor do Departamento de Cooperação e Fomento (Decof) do Iphan, Marcelo Brito.
Além de receber o III SEMPAT, em 2021, o Brasil exercerá a presidência pro tempore do Mercosul Cultural, que também tem como membros em seu exercício pleno Argentina, Paraguai e Uruguai. Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia participam como membros associados. Isso significa que o país protagonizará ações de convergência e integração regional durante o pós-pandemia de Covid-19, quando a colaboração internacional será central.