Ouro Preto Sanciona Lei que Institui o Dia de Combate à Intolerância às Religiões de Matriz Africana

Ouro Preto Sanciona Lei que Institui o Dia de Combate à Intolerância às Religiões de Matriz Africana

Faça parte do Portal Mais Minas no Instagram e siga-nos no Google Notícias. Mantenha-se bem informado.

A sexta-feira, consagrada a Oxalá — orixá da criação, da paz, da justiça, da pureza e da fé — simboliza renovação e agradecimento. Na última sexta-feira, dia 21 de março, na Casa de Cultura Negra, que Ouro Preto deu um passo histórico: a sanção da Lei nº 1.538, de autoria do vereador Alex Brito, que institui o Dia de Combate à Intolerância às Religiões de Matriz Africana. A data passa a ser comemorada anualmente, reafirmando o compromisso com o respeito à diversidade, à liberdade religiosa e à valorização das tradições afro-brasileiras.

Durante a solenidade, o prefeito Angelo Oswaldo destacou a importância da lei e agradeceu aos representantes das casas de axé presentes. Ele também elogiou o trabalho da Fiscalização de Posturas do município, ressaltando seu papel na garantia dos direitos e no respeito às manifestações culturais e religiosas.

“Quero agradecer, primeiramente, à equipe da Fiscalização, que tem feito um trabalho formidável. Nós, enquanto sociedade, precisamos buscar compreensão e praticar aquela palavra-chave que deve preceder todos os atos da vida humana: a tolerância”, afirmou o prefeito.

PUBLICIDADE

O vereador Alex Brito também se pronunciou e agradeceu a sensibilidade e o apoio do prefeito na causa do povo preto de Ouro Preto. Ele relembrou a aprovação da Lei de Cotas Raciais para concursos públicos na Câmara Municipal, também de sua autoria.

“Hoje é um dos passos mais significativos do meu mandato: poder salvaguardar nossos terreiros. Estamos trabalhando para que muito mais seja realizado”, declarou Alex Brito.

O diretor de Promoção da Igualdade Racial, Kedison Ferreira, destacou o trabalho de aproximação com as casas de matriz africana e os avanços na formulação de políticas públicas voltadas à preservação desses espaços.

“Este é um grande passo do nosso município, ao reconhecer oficialmente as casas de matriz africana. Iniciamos um trabalho em conjunto com a Fiscalização de Posturas, mapeando os terreiros, conhecendo seus horários e formas de atendimento. Assim, criamos uma base sólida para promover políticas públicas de salvaguarda”, explicou Kedison.

Ele também compartilhou uma descoberta histórica recente: um documento que comprova a existência de um terreiro em Ouro Preto, datado de 1978. Era o Terreiro de Umbanda Cavalheiros de São Jorge, que, na época, recebeu reconhecimento e repercussão positiva no município. Curiosamente, o então secretário de Cultura e Turismo responsável por assinar o título de utilidade pública daquele espaço era o atual prefeito, Angelo Oswaldo.

Texto: Jeane Silva
Revisão: Vanência Magela

leia também:

Deixe um comentário

* Ao utilizar este formulário você concorda com o armazenamento e tratamento de seus dados por este site.

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. aceitar LER MAIS