Passagem de ônibus deve ficar mais cara em Ouro Preto

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O preço da passagem nas linhas urbanas de ônibus de Ouro Preto deve ter novo ajuste ainda neste ano. O vereador Wanderley Kuruzu (PT) fez o alerta na última semana contando que o Consórcio Rota Real, responsável pelo serviço de transporte coletivo na cidade, reivindicou o aumento nos valores das passagens de R$ 3,35 para R$ 4,28.

Kuruzu, inclusive, já deu o seu posicionamento contrário ao ajuste no preço da passagem. Segundo ele, a Prefeitura Municipal, Universidade Federal de ouro Preto (UFOP) e a Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto (FAMOP) também se manifestaram contra o novo valor para a linha municipal de ônibus.

Passagem de ônibus deve ficar mais cara em Ouro Preto
Foto: Divulgação/Rota Real
Kuruzu é vereador em Ouro Preto, eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) – Foto: Facebook/Reprodução

Ainda segundo Kuruzu, o Conselho Municipal de Transportes e Trânsito, em que o vereador representa a Câmara de Vereadores, negou o pedido, mas o membro do poder Legislativo afirma que a Rota Real irá insistir no ajuste. O vereador propôs que o Conselho só aceite discutir proposta de aumento ou de revisão contratual depois que a Rota Real devolver o terreno que pertence à Prefeitura, localizado no bairro Bauxita, e que é utilizado por empresas do consórcio desde 1979.

O gerente de relações institucionais da Rota Real, Guilherme Schulz, explicou que o contrato de concessão prevê reajustes anuais com base em uma fórmula paramétrica. Segundo ele, o reajuste ocorre após ter aprovação do poder público, seguindo os critérios contratuais.

“É uma questão contratual, acho que ele (Kuruzu) esqueceu de citar essa informação, uma vez que o mesmo estava ciente pois participou da reunião do conselho onde esta informação foi repassada”, disse Guilherme.

Redução de linhas

Kuruzu também denunciou que o consórcio Rota Real cortou “um tanto de horário” nas linhas urbanas e deixaram de atender os distritos sem consultar a prefeitura.

Guilherme disse que as falas do vereador se tratam de uma “confusão” por falta de uma leitura maior dos critérios do contrato. O vínculo de concessão permite, segundo o gerente, a redução de horários e atendimento em função da alteração do número de passageiros.

Segundo Guilherme, são duas situações para que houvesse a diminuição de linhas urbanas em Ouro Preto. A primeira é que o contrato permite uma alteração do percentual do número de oferta de viagens em razão dos recessos escolares e das universidades e, também, uma redução por conta da queda da demanda. Além disso, o gerente relatou que houve uma queda na demanda de passageiros em função da pandemia. No início da crise sanitária, segundo Guilherme, a queda foi de 80% e hoje ela atinge em torno de 60% e 50%. “Então, não foram cortes arbitrários, foram cortes seguindo o próprio edital”, disse.

Ainda de acordo com o gerente da Rota Real, as linhas urbanas que por ventura sofreram cortes ou interrupções tem sido retornadas na medida que a demanda tem retornado. “O número de passageiros vem aumentando gradativamente, de forma bem lenta e, dentro desse contexto, as linhas também vem retornando”, contou Guilherme.

Linhas urbanas que foram cortadas:

  • Santa Cruz x Cooperouro (já retornou);
  • Jardim alvorada (linha que já detinha uma demanda baixíssima de usuários, segundo a Rota Real, e está sendo avaliado retorno em breve)
  • Demais linhas mantiveram em operação, porém com redução da oferta de horários em razão da redução da demanda de usuários

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