O Banco Central do Brasil criou o Pix como um meio eletrônico de pagamento que rapidamente se tornou popular entre os brasileiros. Esse sistema permite a realização instantânea de transações financeiras sem custos adicionais para pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresas individuais (EIs).
Em 2022, o Pix registrou um volume impressionante de transações no valor de R$ 10,9 trilhões, mais do que o dobro do montante registrado no ano anterior. Atualmente, não há planos para a imposição de taxas sobre o uso do Pix.
Entenda sobre o PIX taxado
Apesar de ser gratuito para a maioria dos usuários, muitas pessoas não sabem que os bancos podem cobrar por algumas operações no serviço Pix. Isso acontece porque o Banco Central permite a cobrança desde a criação do Pix em 2020, mas apenas em algumas situações específicas, e a decisão de impor taxas é das próprias instituições financeiras.
Entre as situações em que os bancos podem cobrar pelo uso do Pix estão:
- Empresas que não são MEI ou EI (para pagamentos e recebimentos);
- Pessoas físicas que recebem mais de 30 Pix por mês;
- Transferências via QR Code dinâmico;
- Transferências de pessoas jurídicas via QR Code;
- Transferências em conta exclusiva para uso comercial.
É importante ressaltar que a maioria dos grandes bancos brasileiros não cobra pelo uso do Pix em nenhuma situação. Entre eles estão a Caixa Econômica Federal, Nubank, C6 Bank, PagSeguro, PicPay e Sicoob. No entanto, o Banco do Brasil, Itaú, Mercado Pago e Santander podem cobrar taxas para a utilização do serviço.
O Banco do Brasil cobra uma taxa de 0,99% sobre o valor para pessoa jurídica, limitada ao mínimo de R$ 1 e ao máximo de R$ 10. A cobrança é a mesma para valores recebidos via QR Code, mas o limite máximo é de R$ 140. Já o Itaú Unibanco oferece taxas personalizadas de acordo com o perfil e porte da empresa, com possibilidade de isenção, dependendo do volume de operações e do relacionamento com o banco.
O Mercado Pago cobra uma taxa sobre “redes maiores e, nesse caso, são negociações específicas”, enquanto o Santander cobra uma tarifa fixa ou um percentual do valor por Pix enviado e transações via QR Code estático ou dinâmico.
Além das taxas cobradas pelos bancos, os usuários também devem ficar atentos às possíveis fraudes envolvendo o Pix. Hackers podem se aproveitar da popularidade do serviço para aplicar golpes e roubar informações pessoais e financeiras. Portanto, é importante seguir algumas medidas de segurança, como não compartilhar informações pessoais ou bancárias com terceiros e utilizar senhas fortes e diferentes para cada serviço online.
Vale a pena para você?
É essencial ter em mente que, mesmo com a incidência de tarifas pelo uso do Pix, ele pode ser mais vantajoso em relação a outros meios de pagamento, como TED e DOC. Isso se deve ao fato de que o Pix é um método de pagamento instantâneo, ou seja, a transação é realizada em segundos.
Outra vantagem do Pix é que ele está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados e finais de semana, ao contrário de outras modalidades de transferência. Portanto, é fundamental considerar todos os aspectos envolvidos, incluindo taxas e comodidade do serviço, antes de optar por um meio de pagamento.