Por que o mês de junho tem 30, e não 31 dias?

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Você já se perguntou por que o mês de junho tem 30 dias e não 31, como outros meses do ano? A resposta está na origem do calendário que usamos atualmente, o calendário gregoriano, que foi criado em 1582 pelo papa Gregório XIII.

O calendário gregoriano é baseado no movimento da Terra em torno do Sol, que leva cerca de 365 dias e 6 horas para completar uma volta. Esse período é chamado de ano solar ou ano tropical. Para dividir o ano solar em meses, o calendário gregoriano usou como referência o antigo calendário romano, que tinha 12 meses com diferentes quantidades de dias.

Por que o mês de junho tem 30 e não 31 dias?
Imagem ilustrativa

O mês de junho, por exemplo, tem 30 dias porque assim era no calendário romano. O nome do mês vem da deusa romana Juno, esposa de Júpiter, o deus supremo. Juno era a deusa do casamento e da maternidade, e por isso junho era considerado um mês favorável para as noivas.

Mas por que alguns meses têm 31 dias e outros têm 30? Isso se deve a uma lenda que conta que o rei Numa Pompílio, que reinou em Roma no século VII a.C., quis reformar o calendário romano, que na época tinha apenas 10 meses e 304 dias. Ele acrescentou os meses de janeiro e fevereiro, mas como os romanos consideravam os números pares azarados, ele decidiu que cada mês teria um número ímpar de dias, alternando entre 29 e 31.

No entanto, isso resultou em um total de 355 dias, um número par. Para resolver esse problema, ele tirou um dia de fevereiro e o adicionou a um dos meses com 29 dias. Assim, ele criou os meses com 30 dias: abril, junho, setembro e novembro. Os demais meses ficaram com 31 dias: janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro.

Mas mesmo assim, o calendário romano ainda estava desalinhado com o ano solar, pois faltavam cerca de 10 dias para completar os 365. Por isso, em 46 a.C., o imperador Júlio César fez uma nova reforma no calendário, acrescentando os dias que faltavam aos meses e criando o ano bissexto a cada quatro anos. Esse calendário ficou conhecido como calendário juliano.

No entanto, o calendário juliano ainda tinha um pequeno erro: ele considerava que o ano solar tinha 365 dias e 6 horas exatas, quando na verdade ele tem cerca de 11 minutos a menos. Isso significa que a cada século o calendário juliano ficava cerca de três quartos de dia adiantado em relação ao ano solar.

Foi então que em 1582 o papa Gregório XIII fez a última reforma no calendário, criando o calendário gregoriano que usamos hoje. Ele corrigiu o erro do calendário juliano eliminando alguns dias do mês de outubro daquele ano e estabelecendo uma regra para os anos bissextos: eles só ocorreriam nos anos divisíveis por quatro, exceto se fossem divisíveis por 100 e não por 400.

Assim, o calendário gregoriano ficou mais próximo do ano solar e dos ciclos das estações do ano. Mas os meses continuaram com as mesmas quantidades de dias que tinham no calendário romano: junho com 30 e julho com 31.

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