A primeira capela de Minas Gerais será restaurada. A Capela de Santo Antônio, erguida no início do século 18, em Mariana, receberá obras de restauração de telhado, piso, forros, parte elétrica, proteção de incêndio e proteção de descarga atmosférica. A previsão de conclusão dos trabalhos é em oito meses, sob um custo de R$ 1,5 milhão.
Também será feita a revitalização do entorno e a requalificação do Largo de Santo Antônio, com acompanhamento arqueológico. E ainda, haverá a implantação de projeto de iluminação e uma nova área de convivência para a comunidade.
Os projetos foram elaborados pela prefeitura, que inscreveu a capela no edital do Fundo de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça. Aprovada, a obra receberá recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do PAC de Cidades Históricas.
A restauração da capela é esperada desde 2020 pela população. Por dois anos, o projeto de restauração passou pela análise da equipe da Caixa Econômica Federal, para depois liberar o recurso.
Na cerimônia de assinatura da ordem de serviço, na segunda-feira, 28 de março, o prefeito interino de Mariana, Juliano Gonçalves (Cidadania), disse que as obras de restauração da Capela de Santo Antônio terão a parceria da Secretaria de Obras e Planejamento, Secretaria de Patrimônio Histórico e Cultura, Iphan, Câmara Municipal de Mariana e Caixa Econômica Federal.
“Construída em 1701, em devoção a Nossa Senhora do Carmo, a capela tem imenso valor religioso e histórico em nosso país. A medida faz parte das dezenas de ações desenvolvidas em favor da preservação do nosso patrimônio e valorização dos nossos espaços e comunidades. Aos que estiveram presentes na solenidade nesta tarde, registro todo o meu agradecimento pela dedicação e empenho em mais este trabalho”, publicou Juliano Gonçalves em suas redes sociais.
Histórico
Na Capela de Santo Antônio foi celebrada a primeira missa de Mariana, pelo padre Gonçalves Lopes, no dia 16 de julho de 1696. Em 326 anos de história, a estrutura ainda resiste às deteriorações do tempo e ainda recebe celebrações, mesmo em situação precária.
O entorno da capela possui tombamento a nível federal, pelo extinto Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), que deu lugar ao Iphan. A última grande intervenção feita no templo religioso foi feita entre 2005 e 2006.