A Academia de Artes e Ciências do Cinema, responsável pela apresentação do Oscar , anunciou na noite da última terça-feira (23) que não mudará os critérios de elegibilidade que poderiam excluir as candidaturas da Netflix. Este pedido foi feito pelo famoso diretor, Steven Spielberg, que faz campanha há vários meses para que os filmes produzidos e transmitidos pela plataforma não estejam mais concorrendo ao Oscar.
A Academia manteve o segundo ponto de sua regra que, para ser elegível, um filme só deve ter sido apresentado em um Los Angeles County Hall por pelo menos sete dias seguidos. Steven Spielberg pediu que o prazo fosse estendido para quatro semanas.
“Nós apoiamos a experiência no cinema como integral na arte dos filmes e isso pesou em nossa discussão. Nossas regras atualmente pedem a exibição nos cinemas e também permitem uma ampla seleção de filmes. Nós pretendemos estudar as mudanças que estão acontecendo na nossa indústria e continuar a discussão com os nossos membros”, disse John Bailey, presidente da Academia.
A Netflix busca avançar progressivamente com suas produções. Em janeiro, a gigante do streaming atingiu um novo patamar ao se tornar a primeira plataforma de streaming a se associar à MPAA – Associação de Cinema dos Estados Unidos, que já conta com 97 anos, representando seis estúdios de Hollywood.
“Todos os nossos membros estão empenhados em impulsionar a indústria cinematográfica televisiva, tanto na forma como contamos histórias quanto como atingimos o público. A entrada da Netflix nos permitirá defender de forma mais eficaz a comunidade global de contadores de histórias criativos e eu estou ansioso para descobrir o que todos poderemos alcançar juntos”, declarou Charlie Eivkin, CEO da MPAA, na época.
O Oscar 2020 acontecerá no dia 9 de fevereiro.