Que o futebol é um ótimo produto quase todos nós concordamos, alguns dizem até ser uma das melhores coisas que existem, o que o torna um produto fácil de ser vendido. O gosto pelo consumo deste produto passa de geração pra geração, de pai pra filho, vem de berço. Sendo assim, passa a ter um grande valor comercial e podemos dizer que é um daqueles raros produtos que: “vendem por si só”, basta que não atrapalhem.
Aí entra o problema: os vendedores.
Os que deveriam ter o maior zelo por esse produto são os que parecem menos ter a noção do seu valor. E quando digo valor não falo só o financeiro, mas tudo que o envolve, como seu enorme poder de inclusão, por exemplo, sua capacidade de despertar sentimentos mais variados e etc. O futebol já parou guerra.
“Não é só futebol!” todos já dissemos isso pelo menos uma vez na vida. Aqueles que têm levado em conta apenas o seu valor financeiro tem contribuído fortemente para sua desvalorização.
Entidades como a Conmebol, a FIFA e a CBF a cada dia que passa parecem querer desvalorizar o produto que tem em mãos ao invés de valorizá-lo. A cada nova regra esdrúxula criada, mudança em formatos de competições, visando aumentar lucro e força política, escolha de palcos aleatórios para grandes jogos e outras coisas mais, aumentam cada vez mais essa impressão. A CBF, por exemplo, parece não dar a mínima para seu principal produto, que é o campeonato nacional, permitindo que jogos ocorram sem seus principais jogadores (nas chamadas datas FIFA) e colocando árbitros quase amadores em grandes e decisivos jogos. São péssimos vendedores. E o mau vendedor acaba estragando e desvalorizando o produto.
Espero, que apesar de todo o esforço que têm feito para tal, que não obtenham sucesso nessa empreitada.