O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) estão em greve por tempo indeterminado. Os professores reivindicam o reajuste salarial anual e se manifestam contra o decreto municipal 17.200, que pode causar mudanças no processo de progressão de carreira. A decisão de greve foi tomada em assembleia esta semana.
Desse modo, na próxima segunda-feira (11), será realizado um ato público na porta da Prefeitura de BH, tratando da importância da carreira para a qualidade do serviço público municipal.
Segundo os participantes da greve, a Prefeitura levou os trabalhadores ao limite, com os sucessivos ataques que eles vem sofrendo no decorrer do ano. Ainda segundo a classe, os motivos da greve incluem a não apresentação do índice de reajuste por parte do Prefeito Alexandre Kalil (PSD), o corte de verbas na educação municipal, o Decreto 17.200 e o Projeto de Lei (ainda sem número) que altera o estatuto do servidor e interfere diretamente na carreira dos trabalhadores.
O prefeito Alexandre Kalil e a secretária de Educação Ângela Dalben também foram fortemente criticados pela categoria, por suposto apoio ao projeto Escola Sem Partido, que deve ser votado em segundo turno nas próximas semanas.
Com isso, os atos da greve envolvem também apoio a greve dos eletricitários, contra a privatização da Cemig e contra a nova onda de privatizações do Governo Bolsonaro, posicionamento sobre a implantação do Projeto de Escola Integrada para crianças de 4 a 5 anos, apoio a Greve dos Trabalhadores da Escola Integrada, boicote ao Programa de Boas Práticas da Prefeitura Municipal de BH, entre outras medidas divulgadas pelo Sindicato.
O Sindicato também divulgou uma a carta aberta às mães, pais e responsáveis pelos estudantes, informando sobre a greve. Leia a carta na íntegra aqui.
Em nota, a Secretária Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão informou que a prefeitura tem reunião marcada com a categoria para o dia 22 de novembro para discutir a atualização dos salários. Sobre a mudança no sistema de progressão de carreira, provocada pelo decreto 17.200, o órgão diz que a medida foi necessária por causa dos sistemas de ensino à distância.
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