Qual a saída?

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Tendo em vista a crise econômica – que vem sendo controlada – e a crise política novamente instaurada em nosso país, vejo que os chefes dos executivos e legisladores dos municípios terão de ter muita cautela na execução de seus objetivos perante as cidades.

Dados recentes apontam claramente para o fim da recessão econômica e para o aumento do emprego formal, todavia desde meados do ano de 2014 cidades do Brasil inteiro foram afetadas por oscilações mensais em suas arrecadações, sendo que até o final de 2016 o problema era ainda maior. Com a volta da crise política em nosso país, as metas econômicas do governo de Michel Temer ficam completamente ameaçadas, pois este a cada dia que passa vê sua consistente base aliada se dissolver, não diferentemente do pequeno apoio que vinha da população. É óbvio que a situação se tornou insustentável para um Presidente que tinha como garantia, amplo apoio do Congresso – hoje nem tanto – mas uma enorme impopularidade, porém, Temer tem como objetivo fazer as necessárias reformas para o país, o que momentaneamente o deixa mau diante os brasileiros, até que verdadeiros índices como os atuais apontem para uma melhora na economia e diretamente na vida dos mais de 14 milhões de desempregados.

Qual a saída?
Foto: arquivo/Mais Minas

Analisando a situação atual, podemos perceber que a instabilidade em nosso país ainda é muito grande em todos os sentidos, do econômico ao político. Recentemente assistindo a reunião da Câmara de Vereadores Bernardo Pereira de Vasconcelos, vi um determinado vereador dizendo que a cidade de Ouro Preto vem operando mensalmente com a arrecadação no entorno dos R$ 19 milhões, até então, nenhuma novidade. Há muito o caixa da prefeitura municipal vem tendo variações mensais abaixo dos R$ 20 milhões – exceto na época em que a Vale do Rio Doce, em parcelas, acertou parte de uma antiga dívida com o município – com piora após o episódio de maior desastre ambiental do nosso país, com o estouro das barragens da Samarco.

Pois bem, nos dias atuais podemos ver em Ouro Preto uma máquina a cada dia mais superlotada, com mais de 550 cargos comissionados há pouco mais de 100 dias de governo; postos de saúde com falta de remédios; estradas rurais em condições precárias – principalmente em épocas de chuva; projetos de lei como aquele – de um vereador da base aliada do prefeito – que determinava um certo controle dos veículos da prefeitura e terceirizados que estivessem a serviço do município para evitar certas “fraudes”, sendo vetado pelo chefe do executivo(projeto aprovado por unanimidade pelos vereadores, após o veto retornou a casa legislativa e não o derrubaram) e uma câmara de vereadores fazendo licitação com valores estratosféricos para comprar vinho e cerveja. Vejamos ouro-pretanos, neste último exemplo o quanto foram importantes as diversas manifestações do povo e da mídia para que o Presidente da Casa de Vereadores cancelasse a tal licitação. Por que não, nos mobilizarmos pelo fim da verba indenizatória?

A crise política está de volta; a recuperação econômica que vinha sendo realidade, está em xeque e se prefeitos atuais – grande parte são opositores daqueles em que os mandatos se encerraram no final de 2016 e enfrentaram a crise desde o ano de 2014 – não “segurarem o pé”; não souberem administrar os recursos públicos, estes, que tanto falaram pelos cotovelos chegarão ao final de seus mandatos deixando as cidades muito piores do que os chefes do executivo passados. Irão perceber que o simples fato de manter em dia os repasses para prestadores de serviços; o salário dos servidores públicos; a coleta de lixo e o estoque de remédios em postos de saúde, Unidades Básicas de Saúde (UBS) eram os diferenciais de muitos ex-prefeitos denominados coronéis.

Não dá para acreditar que com tantos problemas em nossa Ouro Preto, tenham políticos eleitos criticando as atitudes do governo federal e fechando os olhos para os problemas decorrentes da nossa cidade. No mínimo contraditório e incoerente. Podemos e devemos criticar, é o direito de todo cidadão, mas desde que façamos nossa parte. Espera-se, ainda mais sendo políticos eleitos, que deem primeiramente rumo aos problemas da nossa cidade – que são vários – para aí sim, opinar naquilo que também, mesmo que indiretamente, nos atinge – mas que não depende da ação deles (colocarem a mão na massa como aqui) – para resolver.

De forma alguma estando aqui para colocar em mérito ou demérito a pessoa, as atitudes e as pretensões do prefeito de São Paulo, João Dória – por mais que eu tenha meu posicionamento pessoal quanto a este – façam como ele, governem pelo bem das cidades; da população, esqueçam o passado, pois este não voltará e as coisas que lá foram feitas não podem ser desfeitas apenas nas palavras, mas com atitudes podem ser melhoradas, refeitas e/ou adaptadas no presente. Lembrar do passado, não resolverá em nada problema algum.

Fugindo ao protocolo (risos!), mas hoje acho que posso por estar completando mais um ano de vida e saúde graças ao bom Deus, gostaria como presente, solicitar a presença de quem puder na Campanha de Doação de Sangue de Ouro Preto organizada pelo Capítulo Confidentes de Vila Rica – nº698 da Ordem DeMolay; pelo Rotaract Club de Ouro Preto e pela Fundação Hemominas. A coleta estará sendo realizada amanhã, sábado (27), das 8h às 17h no prédio de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto. Vamos salvar vidas, sejamos solidários com aqueles que dependem apenas de um bom coração. Mais informações sobre a campanha e pré-requisitos para doação podem ser encontradas na página do Capítulo Confidentes de Vila Rica no facebook, no site da Fundação Hemominas ou aqui no Mais Minas – parceiro desta ação solidaria. Desde já agradeço a todos, grande abraço!

SAIBA MAIS:

  • Nem Aécio, nem Lula, nem Temer. Jovens, somos nós!
  • Ouro-pretanos, sejamos participativos. Merecemos mais!
  • A soberania deveria ser do povo!

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