
Logo após ser citado em uma nota de repúdio publicada pela Associação das Repúblicas Federais de Ouro Preto (REFOP), o restaurante Satélite Lanches, localizado no Centro Histórico da cidade, divulgou um novo posicionamento sobre o episódio de racismo e homofobia ocorrido em seu estabelecimento no último domingo (11 de maio).
Na nota, o restaurante afirma que os agressores não possuem qualquer vínculo com a casa e que “eram clientes como quaisquer outros”. O Satélite também nega que tenha havido agressão física dentro do local e afirma que sua equipe acompanhou a movimentação assim que percebeu uma situação fora do comum.
A nova declaração foi publicada após a REFOP acusar o restaurante de omissão e silêncio diante das agressões sofridas por estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que relataram ter sido alvo de ofensas racistas e homofóbicas dentro do estabelecimento. Segundo a entidade, os agressores seriam conhecidos do proprietário, e o caso teria sido ignorado tanto pela equipe quanto pela administração do local.

Em resposta, o Satélite reafirmou seu “repúdio veemente a qualquer tipo de violência, racismo, homofobia ou qualquer forma de discriminação” e destacou que “jamais houve a intenção de minimizar a gravidade do ocorrido ou de silenciar as vítimas”. O restaurante também declarou estar à disposição da Polícia Civil e aberto ao diálogo com a comunidade e as entidades envolvidas.
O caso está sendo investigado e ganhou repercussão entre coletivos da UFOP, que exigem a responsabilização dos envolvidos, além da adoção de medidas institucionais mais eficazes no combate à violência e à discriminação em espaços públicos da cidade.
De acordo com relatos, o episódio ocorreu por volta das 22h30, na Rua Conde de Bobadela. Um homem e uma mulher foram conduzidos à delegacia após denúncias de injúrias racistas e homofóbicas contra um grupo de amigos. Ambos foram presos em flagrante, mas liberados dias depois mediante medidas cautelares.