O Sábado Santo (também conhecido como Sábado de Aleluia ou Vigília Pascal), segundo dia do Tríduo Pascal, é dedicado ao silêncio e à meditação. Para Santo Agostinho, essa celebração é “a mãe de todas as santas Vigílias”. Neste dia, o foco está no luto pela morte de Jesus na cruz. Segundo a crença cristã, na noite seguinte à crucificação, Jesus desceu ao submundo, onde libertou as almas dos justos do reino dos mortos (1 Pedro 3:19).
O evangelista Mateus relata como os sumos sacerdotes e fariseus foram a Pilatos no dia seguinte à morte de Jesus e pediram que ele guardasse o túmulo. Eles se lembraram de como Jesus profetizou que ele seria ressuscitado três dias após sua morte, e temiam que os discípulos pudessem roubar o corpo e alegar que Jesus realmente havia ressuscitado.
Então Pilatos forneceu um guarda de segurança e a entrada do túmulo da rocha foi selada (Mt 27,62-66).
Caminhando para a festa da ressurreição, a vigília pascal é a reafirmação da fé, necessária para a nossa purificação interior e para a nossa comunicação com o Alto. Quando as mulheres encontraram a tumba aberta, a fé ainda oscilava diante do vazio, porém ela foi restaurada imediatamente com uma pergunta: “Por que você procura os vivos entre os mortos?” (Lucas 24, 5).
A Cerimônia
No passado, a Vigília Pascal começava à meia-noite, mas posteriormente foi alterada para às 20h00. A celebração do Sábado Santo é o prelúdio da Páscoa. Jesus anuncia por sua ressurreição que ele venceu a morte. A cerimônia é dividida em quatro partes: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo da Eucaristia – trata-se de uma das celebrações mais longas da Igreja Católica.
Do lado de fora da igreja, o sacerdote abençoa o fogo novo e adentra a o templo que está com as luzes todas apagadas. Então, ele acende o Círio Pascal; planta cinco cravos na vela pascal, simbolizando as cinco chagas de Jesus. A também tem vela tem as inscrições da primeira e da última letras do alfabeto grego, alfa e ômega, representando a infinidade de Deus, presente no início, agora e depois. Esta vela será usada durante as celebrações e batismos ao longo do ano.
Após a cerimônia de preparação do Círio Pascal, o sacerdote caminha pela igreja fazendo três paradas e dizendo: “Eis a luz de Cristo”, em referência à ressurreição de Cristo. Os fiéis, cada um deles com uma vela nas mãos, respondem: “Graças a Deus”. Algumas velas são acesas a partir do Círio Pascal. Então, a luz se espalha.
Depois disso, a liturgia da palavra começa. As leituras do Velho e do Novo Testamento, a oração e a homilia animam essa parte da missa. Os fiéis cantam Glória a Deus. A essa altura, quase todas as luzes da igreja estão acesas. O restante das luzes da igreja acende durante o cântico de “Aleluia”, uma canção que não foi cantada durante o período da Quaresma.
Parte da celebração é dedicada à liturgia batismal, onde os fiéis renovam as promessas batismais. Eles renunciam a Satanás e suas obras e recitam a profissão de fé. Em seguida, o sacerdote abençoa a igreja com água benta.
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