Nesta segunda-feira (08), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a demissão de Ricardo Vélez Rodriguez, que comandava o Ministério da Educação (MEC). Para ocupar o lugar de Velez, Bolsonaro anunciou o economista Abraham Weintraub, que estava como secretário-executivo da Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni.
Abraham Weintraub possui formação acadêmica em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1994). Além disso, o economista é mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Weintraub já trabalhou como professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atuou como economista-chefe e diretor no Banco Votorantim durante 18 anos. O atual ministro também já foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa.
O novo ministro da Educação chegou a atuar na equipe de transição de governo entre o ex-presidente Michel Temer e Jair Bolsonaro no final de 2018 e, junto com seu irmão Arthur Weintraub, respondeu pela área de Previdência no período. Os dois trabalharam sob a indicação de Onyx Lorenzoni.
Abraham substitui Vélez após pouco mais de três meses de uma gestão marcada por diversas polêmicas e recuos. De acordo com o colunista do portal G1, Valdo Cruz, a nomeação do economista para a pasta, segundo alguns assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro, funciona como uma solução para apaziguar os ânimos de militares e do escritor Olavo de Carvalho, que disputavam qual grupo indicaria o novo nome para ocupar o lugar de Ricardo Vélez Rodriguez.
Desde o início do novo governo, o ex-ministro da Educação foi criticado por sua falta de capacidade de gerenciar o MEC e foi protagonista em diversas polêmicas envolvendo o Ministério. Entre as polêmicas, estão demissões em cargos importantes na pasta, editais publicados e anulados, além de declarações polêmicas de Velez, que levaram a críticas.