A Samarco, referência no setor de mineração, adotou uma estratégia inovadora e sustentável ao incluir resíduos da lavra de mármore na produção de suas pelotas de minério de ferro. Essa alternativa complementar ao calcário começou a ser usada no início do ano e, atualmente, 30% das pelotas produzidas pela empresa contêm o coproduto de mármore. A iniciativa reduz a disposição desse resíduo no meio ambiente, com mais de 21 mil toneladas do material já adquiridas desde a sua homologação em outubro de 2022.
Viabilidade de Transformação de Resíduos
Estudos e testes foram realizados desde 2019 para garantir o sucesso da iniciativa.
Em 2019, a Samarco iniciou um estudo para avaliar a viabilidade de transformar resíduos de rochas em coprodutos úteis para a pelotização. Vários testes positivos conduziram à adoção do coproduto de mármore como complemento ao calcário, servindo como fundente e corretor de basicidade nas pelotas.
Ana Maria Bailon, engenheira de processo na Samarco, explicou: “Os resultados do teste industrial do resíduo de mármore atenderam aos índices de qualidade monitorados. Os benefícios são múltiplos, como melhorias na qualidade da pelota, redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível. Mas o destaque especial vai para a redução do impacto ambiental da produção de rochas ornamentais nas comunidades vizinhas. Portanto, alternativas como essa resultam em melhorias para a sociedade, meio ambiente e também para nossos clientes”.
Promoção da Economia Circular no Espírito Santo
Transformação de resíduos em insumos sustentáveis beneficia a indústria local.
O Espírito Santo é um importante polo de produção tanto de pelotas quanto de rochas ornamentais, sendo o maior produtor no Brasil e ocupando a quarta posição mundial. Essa posição única permite a implementação eficaz de uma economia circular, onde os resíduos da produção de rochas ornamentais são transformados em insumos sustentáveis para a indústria de pelotização.
Felipe Morato, gerente de engenharia de processo e automação da Samarco, pontuou: “Estudamos alternativas para utilizar o resíduo desse setor, já que apenas 20%, em média, da produção é empregada como produto final. Esse coproduto gerado é química e fisicamente semelhante ao calcário consumido em uma de nossas usinas de pelotização do Complexo de UBU (ES), atualmente em torno de 700 toneladas/dia”.
Inovação e Sustentabilidade na Prática
A prática proposta em 2018 agora contribui significativamente para a redução de resíduos e a preservação do meio ambiente.
O diretor de Operações da Samarco, Sérgio Mileipe, que propôs o desafio para a equipe em 2018, comemora: “Inovamos em uma prática que consiste na utilização de um insumo na produção de pelotas, que irá contribuir significativamente para a redução do volume de resíduos no setor de rochas. Esse projeto é uma oportunidade para praticarmos o nosso propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, que gere resultados, mas que acima de tudo contribua para a preservação do meio ambiente”.
