O Conselho de Administração da Samarco aprovou um investimento significativo de R$ 1,3 bilhão para impulsionar a capacidade de produção da empresa até o primeiro trimestre de 2025. Esse montante será direcionado para aprimorar a prontidão operacional e, principalmente, para otimizar a gestão adequada dos rejeitos, por meio da construção de uma nova planta de filtragem de rejeito arenoso e melhorias no concentrador, visando reduzir a geração de ultrafinos em cerca de quatro por cento. A Samarco planeja alcançar 60% de sua capacidade produtiva e continuará adotando a prática de empilhamento a seco de rejeitos, sem a utilização de barragens.
Os investimentos para a construção da planta de filtragem de rejeitos e as melhorias no concentrador totalizam aproximadamente R$ 560 milhões, além de R$ 753 milhões para a manutenção e integridade dos ativos. Cerca de R$ 248 milhões serão investidos já em 2023, enquanto o restante será aplicado principalmente ao longo de 2024.
Rodrigo Vilela, presidente da Samarco, enfatizou a importância de cumprir integralmente as medidas de reparação, garantir a segurança das estruturas geotécnicas e avançar nas obras de descaracterização da cava e barragem do Germano. Além disso, ele destacou que a aproximação da aprovação do Plano de Recuperação Judicial permitirá otimizar a estrutura de capital da empresa, aumentando ainda mais sua capacidade de investimento.
Atualmente, a Samarco opera com 30% de sua capacidade produtiva, o que corresponde a cerca de 9 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro, utilizando uma planta de pelotização e um concentrador.
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A expansão planejada resultará em um aumento significativo na produção, atingindo cerca de 18 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. Para viabilizar essa ampliação, a empresa empregará dois concentradores e duas plantas de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano, um mineroduto e duas plantas de pelotização no Complexo de Ubu, no Espírito Santo. Todas essas estruturas possuem licenciamento operacional corretivo obtido pela Samarco em outubro de 2019.
Com a meta de aumentar a produção, a Samarco prevê a criação de cerca de 3.000 postos de trabalho, sendo 575 deles para cargos técnicos e operacionais em suas unidades em Minas Gerais e no Espírito Santo, enquanto os demais serão destinados a projetos temporários, como a construção da nova planta de filtragem, melhorias no concentrador e preparação operacional. As contratações já estão em andamento, sendo que a maioria das vagas será oferecida no primeiro semestre de 2024. A Samarco dará prioridade à contratação de moradores das comunidades locais, bem como de mulheres e pessoas com deficiência. Além disso, a empresa fornecerá cursos para capacitar a mão de obra local de acordo com as demandas dos projetos.
Com o objetivo de mitigVisando diminuir os impactos de suas operações no Complexo de Germano, especialmente nas comunidades locais, a Samarco tem se engajado em diversas escutas e diálogos com autoridades municipais, líderes locais e entidades representativas. O objetivo é implementar um plano de ação articulado com outras empresas que atuam na região, a fim de definir medidas de mitigação a curto, médio e longo prazos.
Entre as ações já planejadas pela Samarco, destaca-se a inclusão de diretrizes nos editais de contratação, contemplando aspectos de responsabilidade social, investimento voluntário na região e boas práticas de direitos humanos, entre outros temas relevantes. Além disso, a Samarco irá priorizar investimentos nas comunidades locais e buscará reduzir o tráfego na MG-129.
Esse movimento da empresa, alinhado com as demandas da sociedade e demonstrando seu compromisso em aprimorar seus processos com base em uma escuta sistemática, busca aplicar soluções colaborativas para prevenir e minimizar alterações nas dinâmicas locais que afetam a qualidade de vida das pessoas. A Samarco também busca fortalecer sua influência positiva no desenvolvimento e bem-estar das áreas onde atua.