Sem repasses, Santa Casa de Ouro Preto vive dificuldades com 90% dos leitos de UTI ocupados

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Em entrevista coletiva concedida nessa segunda-feira (27), o provedor da Santa Casa de Ouro Preto, Marcelo Oliveira, atualizou a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinadas à Covid-19, que chegaram a 100% no último final de semana.

“Hoje está com 90% de ocupação das UTI, mas varia muito. De manhã, quando é 10 horas da manhã, está 90%, mas pode chegar agora e estar 100%, como também pode diminuir para 80%. Mas está sim no limite, no final de semana nós ficamos sim com 100% de ocupação. E no isolado (leitos de isolamento) que estava tranquilo também começou a ficar bem apertado, hoje nós estamos na faixa de 80%”, disse o provedor da Santa Casa.

São 23 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, sendo 13 leitos de UTI destinados à Covid-19, desses, 10 são credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os outros três foram montados a cerca de 15 dias e ficaram sob responsabilidade cada município que é atendido pela Santa Casa, Ouro Preto, Mariana e Itabirito.

Além da grande taxa de ocupação dos leitos de UTI, o representante da Santa Casa de Ouro Preto alegou que estão faltando muitos repasses para o hospital em ordem estadual, federal e municipal. “Nós não recebemos nem do (governo) estadual nem do federal e já tem quatro meses. Inclusive, ainda tem prefeitura que ainda não passou a parte dela. Então, a Santa Casa vive um momento muito preocupante, porque você assume 80 funcionários e chega no final do mês e você tem que pagar”, contou Marcelo.

Também de acordo com o gerente assistencial, para entrar nos leitos de UTI é preciso ter um cadastro no “SUS Fácil“, que é um órgão do estado, que regula todas todas as vagas destinadas dos hospitais. Assim há o controle se os leitos estão disponíveis ou não.

Sem ampliação de novos leitos

Apesar da ocupação estar “no limite”, o gerente assistencial da Santa Casa, Leandro Moreira, disse o hospital não prevê a ampliação de mais leitos para atender pacientes com Covid-19.

“A grande dificuldade que nós temos hoje é o aumento da necessidade de UTI para Covid, mais as demais condições que continuam precisando. Então, esses dez leitos são reservdaos para infarto, AVC, um pós-operatório grave. Então se a gente direciona todos os leitos à ala de Covid, você automaticamente está fechando portas de Unidade deTerapia Intensiva para outras condições que permanecem a mesma demanda como antes do Covid”, disse.

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