Em assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Ouro Preto (ASSUFOP), os servidores da UFOP decidiram pela deliberação de estado de greve por tempo indeterminado. Com mobilização permanente nas cidades de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade, a paralização acontece em prol da reposição salarial e participação dos TAEs da UFOP na vigília nacional na porta do Ministério da Economia.
Em nota divulgada nas redes sociais, o ASSUFOP salientou que a situação é um alerta ao Governo Federal, que resiste em negociar a pauta de reivindicações dos servidores. A paralisação coloca o conjunto da categoria em alerta e mobilizada com a possibilidade iminente de greve.
Durante a assembleia, foram ressaltadas informações debatidas na reunião que aconteceu em Brasília, na terça-feira, 22 de março, entre representantes do Ministério da Economia, representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e demais entidades do funcionalismo publico federal. Segundo o ASSUFOP, o governo ainda não abriu uma negociação efetiva com os servidores e disse que dará respostas sobre uma possível abertura até o dia 1º de abril.
O entendimento das entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE) é de intensificar a mobilização nas próximas duas semanas para conseguir a recomposição salarial de 19,99%. Na próxima semana, entre os dias 29 e 31 de março, será realizada uma Jornada de Lutas na capital federal.
O presidente do ASSUFOP, Gabriel Souza, reforçou, durante a assembleia, a importância da união e da disposição dos técnico-administrativos da UFOP para aumentar pressão ao governo pela reposição salarial. Ele também destacou que a categoria acumula perdas salariais e inflacionárias ao longo dos últimos seis anos e que, na história do ASSUFOP, nunca houve conquista sem a entrega absoluta dos trabalhadores pela causa.
Retificação: os técnico-administrativos da UFOP entraram em estado de greve, e não em greve, como informado anteriormente.