O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, registrou, na última sexta-feira (7), dois terremotos, um de magnitude 2,3 e outro de 2,8 na escala Richter, ambos com o epicentro em Itabirito, na região Central de Minas Gerais. Segundo os dados sismológicos do instituto, o primeiro tremor ocorreu às 00h53, e o segundo às 18h39, considerando o horário de Brasília.
Os tremores foram sentidos por moradores do subdistrito Maracujá, em Ouro Preto, e no distrito de Acuruí, em Itabirito, além de outras pequenas localidades também próximas do epicentro.
A corporação dos bombeiros militares localizada em Ouro Preto, e que atende toda a região, recebeu cinco ligações para a emergência relatando o caso, mas, de acordo com informações do site Radar Geral, a corporação relatou que “não houve abalo em estruturas nem sequer deslizamentos”.
Até o momento da publicação desta matéria não há relatos de vítimas e nem de danos em residências ou nas estruturas das barragens da região, especificamente as barragens Forquilha 1, Forquilha 2 e Forquilha 3 que atingiram Itabirito em caso de rompimento. As informações de ausência de influência dos terremotos nas barragens da Vale são da Defesa Civil de Itabirito, com base em dados do Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale.
Pelas redes sociais, a Defesa Civil de Ouro Preto também se manifestou. Segundo o geólogo Charles Murta, os tremores com pequena magnitude “são muito comuns na nossa região, e no Brasil de modo geral” e que toda semana “pelo menos é registrado algum abalo sísmico”. Contudo, o geólogo ressalta que o que vem sendo “fora do padrão” é o “volume desses abalos em um intervalo de tempo tão curto”.
O servidor público disse que não há uma resposta definitiva sobre o que levou aos acontecimentos, mas que pode-se desconfiar que seja algo natural, referente ao próprio terreno da região, pois se os ábalos sísmico fossem causados por explosão devido a alguma demolição não haveria uma sequencia de abalos tão grande como está sendo observado. Apesar da argumentação, o geólogo destacou que nenhuma hipótese está sendo descartada, informando que os tremores de terra foram sentidos nas localidades de Miguel Burnier, Amarantina, Cachoeira do Campo, Glaura, Soares, Ratinho, Tripuí, Maracujá, entre outras. O impacto sentido pelos moradores dessas localidades foi semelhante à passagem de um veículo grande e pesado.
O geólogo pede para que a população das residências que sentiram mais os tremores observem se houve algum comprometimento estrutural no imóvel, como trincas e aberturas nas paredes, dificuldade das portas se fecharem, desalinhamento do telhado, entre outras, informando, em qualquer situação em que o imóvel esteja fora do normal após um evento de abalo sísmico, que a família deixe seu imóvel e ligue para a Defesa Civil imediatamente.
A Defesa Civil atende pelo telefone discando 199, e os Bombeiros pelo 193.