União e responsabilidade em prol dos pets

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No último dia 22 de outubro foi realizado, em Mariana, um importante debate público sobre o manejo populacional de cães e gatos. Um momento especial, dentro da causa animal, para que possamos construir, coletivamente, novos rumos para o desenvolvimento de políticas públicas para a área. O evento reuniu cerca de 120 pessoas, entre autoridades municipais e estaduais, Ministério Público, médicos veterinários, estudantes e profissionais da saúde pública da cidade. O debate foi bem dinâmico e enriquecedor em conteúdo, além de contar com palestras de profissionais do ramo, que teceram os mais variados pontos de vista sobre o tema no município.

Aproveitando a realização deste relevante momento em nossa Mariana, é imprescindível falarmos aqui sobre algumas questões que devemos refletir dentro deste contexto e que também nortearam o debate realizado. Hoje, aproximadamente 1.200 cães são vítimas de abandono nas vias públicas em Mariana, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Imaginem só: 1.200 animaizinhos largados pelos seus “tutores” sem qualquer piedade.

A maior parte desses abandonos acontecem em épocas festivas. Como Carnaval, Natal, Ano Novo, quando os tutores viajam e na falta de conhecimento de alternativas para deixar seus pequenos, acabam optando por “devolver” ou simplesmente abandonar esses peludinhos. Gravidez na família, alergias e outras doenças, mudança de residência, filhotes indesejados, velhice do animal e falta de planejamento para a manutenção dos bichinhos de estimação também estão na lista de possíveis motivos para este ato de crueldade.

Para que esses números parem de crescer e passem a ser cada vez menores, precisamos conscientizar as pessoas ao nosso redor sobre gravidade em abandonar uma vida na rua. Temos que ter sempre em mente que a relação que criamos com os bichinhos é de reciprocidade e afeto. Uma relação de amizade e de amor. Uma relação de confiança. Além disso, abandonar animais é crime, previsto no artigo 32 da Lei Federal 9.605/98 de Crimes Ambientais e no âmbito municipal com a Lei número 3.267. A punição consiste em detenção de três meses a um ano, além de multa. Caso o animal abandonado morra, a pena do criminoso pode aumentar de um sexto a um terço.

Outra questão que devemos pensar nesta temática é sobre a importância da castração. Você sabia que é a única maneira ética e eficaz de controle de animais abandonados, além de prevenir diversas doenças em cães e gatos? É isso mesmo! É uma atitude que contribui para que seu pet tenha uma vida mais saudável e ainda ajuda a salvar a vida de muitos outros animais que não possuem a mesma oportunidade de ter um lar e receber os cuidados que precisam.

Os benefícios são enormes. Em fêmeas, o procedimento diminui riscos de cânceres e tumores de mama, útero, trompas, gravidez psicológica, infecções graves, prenhez e cio. Já em gatas, a castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% a 60%. Em machos, a castração reduz a frustração sexual e a necessidade de sair em busca de “namoradas”. Ao mesmo tempo, isso diminui o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos. Seu animal de estimação também pode ficar mais dócil, facilitando a interação e reduzindo situações problemáticas – especialmente entre os que tinham comportamento agressivo antes.

Falando nisso, outro ponto alto do debate foi a apresentação “Castramovél”, que já está na cidade. O veículo é equipado para realizar castrações nas ruas da sede e principalmente dos distritos marianenses, para que assim todo o território do município seja contemplado e o controle populacional aconteça de forma mais efetiva e humanitária. Fique ligado! Sobre o “Castramóvel”, falaremos com mais detalhes nas próximas edições da nossa coluna e por meio das redes sociais da ONG IDDA.

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