Unicamp divulga obras obrigatórias dos vestibulares 2027 a 2029 com clássicos, diversidade e inclusão literária

Unicamp divulga obras obrigatórias dos vestibulares 2027 a 2029 com clássicos, diversidade e inclusão literária

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A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) anunciou oficialmente as listas de obras literárias obrigatórias para os vestibulares de 2027, 2028 e 2029. A divulgação antecipada, feita pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), visa proporcionar maior planejamento pedagógico para escolas e ampliar o tempo de preparação dos vestibulandos. As listas completas já estão disponíveis no site da Comvest.

Ao todo, cada edição trará nove títulos, sendo três novidades em relação ao ciclo anterior. O destaque é a mescla entre nomes consagrados da literatura brasileira, obras de autores africanos e latino-americanos, além da valorização da poesia em forma de canção.

Entre os clássicos que entram para a lista, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, chama atenção. O romance de 1881, que recentemente viralizou nas redes sociais internacionais após a leitura apaixonada da americana Courtney Henning Novak, é uma obra fundamental da formação literária nacional.

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Já a inclusão de “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, evidencia o olhar da banca avaliadora para a literatura regionalista do modernismo, com temas como seca, resistência e desigualdade social. Outro título importante é “O direito à literatura”, ensaio de Antonio Candido que reforça a literatura como um direito humano e um instrumento de formação crítica.

Na seara da diversidade, a presença de autoras e autores africanos e latino-americanos, como Olinda Beja (São Tomé e Príncipe) e Gabriel García Márquez (Colômbia), amplia o horizonte cultural exigido nos vestibulares e se alinha à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O livro de contos “Os funerais da Mamãe Grande” e “Chá do Príncipe” representam bem esse movimento.

Outro ponto de inovação está na adoção das “Canções escolhidas” de Paulo César Pinheiro, compositor brasileiro cujas letras trazem lirismo, crítica social e linguagem refinada, aproximando a poesia da oralidade popular e ampliando as formas de leitura dos estudantes.

A Comvest reforça que essa curadoria busca fomentar um repertório mais diverso, reflexivo e engajado, em consonância com os desafios contemporâneos da educação no Brasil. Com isso, a Unicamp reafirma seu papel de vanguarda na construção de um vestibular que vai além do conteúdo, estimulando uma formação cidadã e crítica.

Para estudantes, professores e escolas, agora é o momento de se organizar e iniciar a leitura desses títulos — não apenas como obrigação acadêmica, mas como oportunidade de enriquecimento cultural.

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