A Vale concluiu, em dezembro, a obra de descaracterização da barragem Campo Grande, localizada na Mina Alegria, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Com a finalização dessa intervenção, a empresa alcança 63% de execução do seu Programa de Descaracterização de Barragens.
A barragem Campo Grande se torna a 19ª estrutura a montante cuja descaracterização foi concluída pela mineradora. O processo envolveu a retirada do alteamento a montante e a reconfiguração completa da estrutura, além da construção de reforços, impermeabilização e adequações no sistema de drenagem.
De acordo com a Vale, toda a documentação técnica e as evidências das obras serão encaminhadas para validação final junto aos órgãos competentes. Mesmo após a conclusão, a barragem permanecerá sob monitoramento por, no mínimo, dois anos, conforme determina a legislação vigente.
Em nota, o vice-presidente executivo Técnico da Vale, Rafael Bittar, afirmou que a conclusão da obra reforça a estratégia da empresa. “A conclusão das obras de descaracterização da barragem Campo Grande demonstra como a inovação e a engenharia podem caminhar juntas para acelerar soluções seguras e sustentáveis”, declarou. Segundo ele, o avanço do programa reforça o compromisso com a segurança das comunidades e a preservação ambiental.
A barragem Campo Grande é a primeira estrutura a montante do Complexo Mariana a ter a descaracterização concluída. Outras duas barragens da região, Doutor e Xingu, seguem em processo de descaracterização.
No total, o Programa de Descaracterização da Vale prevê a eliminação de 30 estruturas em todo o país. Até o momento, 19 já foram concluídas, sendo 16 em Minas Gerais e três no Pará. O programa já recebeu investimentos de R$ 12,7 bilhões.
Em setembro deste ano, a empresa também concluiu as obras da barragem Grupo, localizada na Mina de Fábrica, em Ouro Preto. Outro avanço registrado em 2025 foi a redução do nível de emergência da barragem Forquilha III, na mesma mina, que passou do nível 3 para o nível 2.
Com essa atualização, a Vale informou que não possui mais estruturas classificadas no nível máximo de emergência. Ao longo de 2025, também foram retirados os níveis de emergência das barragens Doutor, em Ouro Preto, e Dicão Leste, em Catas Altas.
Já a barragem de Xingu, em Mariana, teve o nível de emergência reduzido do nível 2 para o nível 1 e teve as obras de descaracterização iniciadas neste ano.
Segundo a empresa, todas as barragens a montante sob sua responsabilidade no Brasil estão inativas e seguem sendo monitoradas de forma permanente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico. O acompanhamento ocorre 24 horas por dia, sete dias por semana.



