A mineradora Vale paralisou as obras na barragem Itabiruçu, em Itabira, na região central de Minas Gerais. No local estavam acontecendo uma obra de alteamento. De acordo com a Vale, não há nenhum risco de rompimento e a medida foi preventiva.
Segundo a mineradora, as obras foram paralisadas pois foram identificadas alterações decorrentes de assentamentos no terreno. Vistorias já foram realizadas no local. De acordo com a Vale, a decisão da paralisação foi feita atendendo a orientação do projetista da obra. A mineradora ainda afirmou que, em obras como essa, as alterações podem acontecer durante o processo.
Segundo a Vale, a barragem Itabiruçu, foi construída no método de jusante, sendo o mais seguro de todos. Entretanto, a obra de alteamento que está sendo realizada na barragem é a mesma utilizada em barragens como a de Fundão, de Mariana, e a barragem Córrego do feijão, em Brumadinho. Ambas se romperam e causaram grandes danos à vidas e ao meio ambiente.
Os trabalhadores da obra, que estavam no local, foram dispensados ainda no último sábado (27).
O coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho, afirmou que o nível de segurança da barragem não foi alterado.
Nota da Vale
A mineradora Vale soltou uma nota sobre a paralisação das obras na barragem Itabiruçu, em Itabira. Veja a nota na íntegra:
“A Vale paralisou, no início da tarde deste sábado (28/7), as obras de alteamento da barragem Itabiruçu, em Itabira (MG), atendendo à orientação do projetista do empreendimento. A recomendação, uma medida de segurança preventiva, foi dada após a identificação de alterações decorrentes de assentamentos diferenciais no terreno, efeitos passíveis de acontecer durante este tipo de obra. O fato foi relatado aos órgãos competentes, que já vistoriaram as obras. Estudos mais aprofundados estão sendo conduzidos e, em caso de necessidade, medidas corretivas serão tomadas.
Importante ressaltar que não há, portanto, qualquer alteração nos índices de segurança e estabilidade da barragem Itabiruçu. Cabe ressaltar que a barragem é construída pelo método a jusante, considerado o mais seguro. A Vale realiza o monitoramento integral da estrutura, que teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) renovada em 30 de março deste ano.”