Vale se manifesta sobre barragens das zonas rurais de Itabirito e Ouro Preto

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“Cabe ressaltar que não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias. As barragens da Mina Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale”. É com essa mensagem que a Vale encerra uma nota de esclarecimento sobre às notícias veiculadas nesta quarta-feira (1) nos principais veículos de imprensa do país.

Após orientações das Defesas Civis Municipais e Estadual, moradores das zonas rurais dos municípios de Ouro Preto e Itabirito, foram removidos para hotéis da região, respeitando suas preferências. A remoção é de responsabilidade da Vale, com o apoio da Defesa Civil de Minas Gerais.

A transferência da população das áreas mencionadas ocorre após a ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV e Grupo, da Mina Fábrica da Vale, decidido por meio de Termo de Compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da própria mineradora, após um novo estudo considerar um cenário extremo de rompimento das quatro estruturas ao mesmo tempo.

Em nota divulgada nessa terça-feira (30), a Defesa Civil estadual informou que enviou três equipes para a cidade de Itabirito com o objetivo de conduzir a evacuação de moradores. Segundo o órgão, “a evacuação é uma medida preventiva de segurança, devido à ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV, do Complexo de Fábrica da Vale”

A Defesa Civil de Minas Gerais ainda informou que a operação é uma medida preventiva, já que não houve, nos últimos meses, alteração nos dados técnicos das estruturas das barragens.

Após o tempo de estadia nos hotéis, as famílias removidas serão encaminhadas para moradias temporárias com aluguel social custeado pela Vale. Os animais também serão resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região.

Em 2019, 11 famílias, cerca de 65 pessoas, já haviam sido realocadas em Ouro Preto em virtude da subida de nível de alerta das Forquilhas I e III.

Íntegra da nota da Vale

“Vale inicia realocação de famílias da nova ZAS das Barragens Forquilhas e Grupo

Por orientação das Defesas Civis Municipais e Estadual, em consonância com o Ministério Público e a Vale, moradores das zonas rurais de Itabirito e Ouro Preto estão sendo transferidos, nesta quarta-feira (1), para hotéis da região, respeitando suas preferências. A mudança é uma medida preventiva de segurança decorrente da ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV e Grupo, da Mina Fábrica da Vale. O aumento dos limites da ZAS é resultado do Termo de Compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Vale para a revisão do dam break dessas barragens.

A Defesa Civil está conduzindo a realocação com o apoio da Vale. As famílias já estão recebendo assistência integral da empresa. Além da hospedagem em hotéis, elas estão sendo assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica. Em breve, todas serão transferidas para moradias temporárias, com aluguel social custeado pela Vale. Seus animais também estão sendo resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região. A operação cumpre todos protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19.

Cabe ressaltar que não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias. As barragens da Mina Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale.​”

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